Vidas que se transformam por meio da Educação
Na foto, Paulo Sérgio Bugi, rotariano e pai de aluno do Colégio Next

Fotos: Divulgação
Segundo semestre, momento em que muitos estudantes de Itatiba começam a definir seu destino em 2023 e nos anos seguintes. Alguns deles já na fase do vestibular, escolhendo suas carreiras e as universidades em que pretendem estudar. Para eles, as possibilidades que se abrem estão relacionadas a escolhas que fizeram há três anos, talvez mais. Bem como ao quanto se dedicaram a seus estudos, os professores, os materiais didáticos e as escolas de educação básica que frequentaram.
Nossa cidade dá o exemplo
Itatiba, dentre os muitos privilégios que oferece, conta com uma rede de escolas públicas de reconhecida qualidade. Além delas, possui também escolas particulares de destaque regional e nacional, que permitem a seus estudantes mais dedicados sonhar com as melhores universidades e os cursos mais concorridos.
A boa notícia é que estas escolas podem estar ao alcance dos alunos independentemente da condição financeira de suas famílias.
A maioria dos colégios particulares da cidade oferece programas de auxílio financeiro a estudantes de talento, e quase todos eles participam do concurso de bolsas organizado pelo Rotary Club. Nele, os melhores alunos das turmas de 9º ano da rede pública disputam bolsas integrais.
O acesso a bolsas de estudo fez diferença na vida deles
Karolina Oliveira, que hoje cursa Engenharia de Produção e faz estágio na Bosch Rexroth, foi uma das beneficiadas. “Ingressei como bolsista no primeiro ano do Ensino Médio, em um concurso do Rotary que elegeu o melhor estudante das escolas públicas. Me dediquei muito pra conquistá-la, priorizando coisas em minha vida em detrimento de outras. Estar estagiando em uma multinacional reflete toda a bagagem que eu tive no Ensino Médio”.
A história da Nathália Oliveira Soares, que quer estudar Arquitetura na Unicamp, também é emblemática. “Até o 9º ano, cursei escola pública. Meus pais não tinham condições de me oferecer colégio particular. Tive que dedicar 100% do meu tempo para concorrer à bolsa, e obtive o primeiro lugar no concurso do Rotary. A bolsa não só me trouxe preparo para uma ótima faculdade, mas me deu também uma nova visão de mundo”.
Paulo Sérgio Bugi, rotariano e pai de aluno do Colégio Next, afirma: “O concurso acabou gerando uma concorrência entre as escolas municipais. Acredito que há um grande empenho, da parte de diretores e professores, em ter sua escola bem posicionada, o que é ótimo para a qualidade do ensino público”.
Migração da rede pública para a particular: adaptação sem traumas
Para os alunos que pensam em se candidatar a uma destas bolsas, o medo de não se adaptar ao novo ambiente pode ser uma barreira. Este não foi o caso de Gustavo Costa Pereira de Melo, candidato a medicina em uma universidade federal: “Os professores, todos excepcionais, e os colegas amigáveis tornavam mais fácil a minha adaptação como bolsista. Tive a chance de conhecer e admirar a diversidade das pessoas, bem como o respeito da escola a esta diversidade. O resultado era uma interação supersaudável, em um ambiente leve e divertido”.
A fácil adaptação ao novo contexto foi também testemunhada pela bolsista Thais Massaretto Toledo Cruz, formada em Odontologia na USP. “Eu encontrei muito acolhimento e gente disposta a me ajudar. Mesmo sendo boa aluna na escola pública, tinha um déficit em algumas matérias, e esse apoio fez muita diferença pra desenvolver meu potencial. Conseguir a bolsa de estudos mudou completamente o rumo da minha vida. Sinto gratidão e respeito pelas pessoas que tornaram isso possível”.
Next tem seu próprio programa de auxílio
Além de integrarem o programa do Rotary, algumas instituições particulares oferecem seus próprios programas de auxílio. O Colégio Next, por exemplo, por muitos anos realizou um concurso de bolsas. Em 2019, este foi substituído pelo “Vem Ser Next!”, que leva em consideração não só o potencial acadêmico dos candidatos, mas também a realidade socioeconômica de suas famílias.
“Nós percebemos que, em muitos casos, os alunos beneficiados provinham de famílias de renda elevada, que não tinham necessidade do auxílio da escola”, diz o Diretor Administrativo do Next, Wagner Checon. Ele prossegue: “Já no sistema atual, o Colégio se assegura de que está cumprindo seu papel de promoção social, contribuindo para uma coletividade mais igualitária. Além de comprovar a neces-sidade, o aluno e sua família devem demonstrar a possibilidade de aproveitar o que está sendo oferecido, adequando-se ao perfil acadêmico e comportamental da escola. Na verdade, todos saem ganhando. Nosso corpo discente se torna mais diverso, com os alunos tendo a oportunidade de conviver com pessoas de diferentes realidades”.
Determinação é a marca dos ganhadores das bolsas
Exemplos de obstinação e garra é que não faltam entre os atuais e os ex-bolsistas. José Ricardo Bergamin Caldeira, que foi aluno do Colégio Next e atualmente cursa Engenharia Química na Federal de São Carlos, lembra: “Superação sempre fez parte da minha personalidade, e isso ficou claro quando meu pai ficou desempregado. Eu me senti com a responsabilidade de dar o menor gasto possível a ele. Lembro que foi uma época de muita tensão, dando tudo de mim pra obter a bolsa de 100% para o Ensino Médio. E consegui!”
Wagner Checon complementa: “Quase sempre, os alunos apoiados pelo programa são exemplos de dedicação e capacidade de se superar para os colegas. E a família Next, como um todo, se orgulha daquilo que o nosso programa de auxílio proporciona e ainda vai proporcionar”.