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Por Thatylla

Setor externo tem déficit de US$ 7,874 bi, pior resultado para outubro desde 2014

Dólar passou a subir após a divulgação dos dados, que ficaram abaixo do esperado

Por Thatylla

Por Eduardo Rodrigues, AE

O déficit nas transações correntes chegou a US$ 7,874 bilhões em outubro, informou nesta segunda-feira, dia 25, o Banco Central. A instituição projetava para o mês passado déficit de US$ 5,8 bilhões na conta corrente. Este foi o segundo pior resultado para outubro desde o início da série histórica, em 1995, ficando melhor apenas que o dado de 2014 (-US$ 9,305 bilhões).

O número do mês passado ficou fora do estimado no levantamento realizado pelo Projeções Broadcast, que tinha intervalo de déficit de US$ 6,10 bilhões a déficit de US$ 3,60 bilhões (mediana negativa de US$ 5,45 bilhões).

A balança comercial registrou saldo positivo de US$ 490 milhões em outubro, enquanto a conta de serviços ficou negativa em US$ 3,581 bilhões. A conta de renda primária também ficou deficitária, em US$ 4,856 bilhões. No caso da conta financeira, o resultado ficou negativo em US$ 7,911 bilhões.

No acumulado do ano até outubro, o rombo nas contas externas soma US$ 45,657 bilhões. A estimativa do BC, do Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de outubro, é de déficit em conta corrente de US$ 36,3 bilhões em 2019.

Já nos 12 meses até outubro deste ano, o saldo das transações correntes está negativo em US$ 58,825 bilhões, o que representa 3% do Produto Interno Bruto (PIB).

Lucros e dividendos

A remessa de lucros e dividendos de companhias instaladas no Brasil para suas matrizes foi de US$ 2,645 bilhões em outubro, informou o Banco Central. A saída líquida representa um volume superior aos US$ 2,583 bilhões que foram enviados em igual mês do ano passado, já descontados os ingressos.

No acumulado do ano até outubro, a saída líquida de recursos via remessa de lucros e dividendos alcançou US$ 25,803 bilhões. A expectativa do BC é de que a remessa de lucros e dividendos de 2019 some US$ 26,5 bilhões.

O BC informou também que as despesas com juros externos somaram US$ 2,219 bilhões em outubro, ante US$ 1,574 bilhão em igual mês do ano passado.

No acumulado do ano até outubro, essas despesas alcançaram US$ 20,809 bilhões. Para este ano, o BC projeta pagamento de juros no valor de US$ 20,5 bilhões.

Viagens internacionais

A conta de viagens internacionais voltou a registrar déficit em outubro, informou o Banco Central. No mês passado, a diferença entre o que os brasileiros gastaram lá fora e o que os estrangeiros desembolsaram no Brasil foi de um saldo negativo de US$ 1,063 bilhão. Em igual mês de 2018, o déficit nessa conta foi de US$ 1,148 bilhão.

O desempenho da conta de viagens internacionais foi determinado por despesas de brasileiros no exterior, que somaram US$ 1,506 bilhão em outubro. Já o gasto dos estrangeiros em passeio pelo Brasil ficou em US$ 442 milhões no mês passado.

No ano até outubro, o saldo líquido da conta de viagens ficou negativo em US$ 9,878 bilhões. Para 2019, o BC estima um déficit de US$ 12 bilhões.

Dívida externa

A estimativa do Banco Central para a dívida externa brasileira em outubro é de US$ 326,842 bilhões. Segundo a instituição, o ano de 2018 terminou com uma dívida de US$ 320,612 bilhões.

A dívida externa de longo prazo atingiu US$ 253,456 bilhões em outubro, enquanto o estoque de curto prazo ficou em US$ 73,386 bilhões no fim do mês passado.

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