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Secretário diz que maior parte das despesas na pandemia foi com pacientes na UTI

Na foto: vereadores ouvindo explicações do secretário de Saúde durante audiência pública na Câmara

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Foto: CMI

Da Redação

O secretário de Saúde, Renan Irabi, informou no último dia 22, em audiência pública na Câmara Municipal, que Itatiba gastou com a pandemia um total de R$ 14,4 milhões, sendo 92,6% provenientes de verbas federais. Irabi destacou que, entre as despesas, foram empenhados R$ 12,4 milhões e pagos outros R$ 11 milhões. Segundo o secretário, a maior parte foi destinada a pacientes com a doença em leitos de UTI.

Na ocasião, Irabi também apresentou os recursos aplicados e transferidos na área da Saúde entre os anos de 2019 e 2020. O total de receitas em 2019 foi de R$ 291,8 milhões; em 2020, R$ 298,1 milhões. Já as despesas aplicadas no setor em 2019 foram de R$ 61,2 milhões contra R$ 64 milhões no ano seguinte. Tal aplicação representa 21,47% do orçamento, acima da previsão constitucional de 15%.

Nas despesas pagas por evento informadas por Irabi, destaca-se a com o pessoal (34,6% no último quadrimestre de 2019, e 31,4% em 2020). Foram acrescentadas duas categorias ao demonstrativo: UTI - Covid (4,5% das despesas no último quadrimestre) e Leito Intermediário - Covid (1,7%).

Devido à licença do presidente da Comissão de Educação, Cultura, Saúde e Assistência Social, Cornélio da Farmácia (PL), a audiência foi presidida pelo vereador suplente, Carlos José Silveira (PL).

 


Questionamentos

 


Após a apresentação, os vereadores fizeram perguntas ao secretário. Luciana Bernardo (PDT) questionou sobre a volta às aulas na pandemia. Irabi disse que “a ideia é retornar inicialmente com 35% dos alunos. O grupo de professores está como prioridade pelo governo federal e entram na 3ª etapa de vacinação, logo após os idosos”.

Fernando Soares (PSDB) perguntou sobre a alta demanda para especialidades como oftalmologia. Outro apontamento foi a respeito da Fundação ABC, que administra a atenção primária no município. O secretário destacou o número “gigantesco” de espera para cirurgia de catarata. “Assumimos com cerca de 600 olhos a serem operados. Temos um projeto para viabilizar que empresas façam essas cirurgias em mutirão, para zerar a fila ainda no primeiro semestre. Ao mesmo tempo, nessa nova ‘contratualização’ com a Santa Casa, buscamos estabelecer um número mínimo de cirurgias de catarata mensais para não formar nova fila”. Em relação à Fundação ABC, Irabi afirmou que ficou uma dívida da última gestão, que chega a R$ 3 milhões. “Estamos em tratativas para elaborar um plano para quitar as dívidas ao longo desse ano”.

Juninho Parodi (Avante) questionou sobre os altos números de atendimentos na unidade de Saúde do Bairro Cruzeiro. Ele também cogitou a possibilidade de contratação de funcionários para trabalharem na área de vigilância, em virtude da pandemia. Em resposta, o secretário afirmou haver um esforço conjunto para elaborar, a longo prazo, um plano de reterritorialização. “Algumas unidades têm demanda maior que outras e a oferta é a mesma”. Sobre a vigilância, comentou: “temos funcionários limitados e em função do decreto da pandemia a gente não consegue contratar novos. É importante remodelar esse serviço para que trabalhe de forma facilitada, pois doenças como a dengue continuam”, declarou.

Igor Hungaro (PDT) quis saber “por que existem itatibenses internados em outras cidades?”. Ele também solicitou transparência na divulgação da taxa de ocupação leitos de UTI - Covid nos boletins. Por fim, questionou se, devido ao grande aumento no número de óbitos, a Secretaria vai intensificar a fiscalização. Irabi atribuiu a falta de médicos à aprovação dos profissionais em concursos de residência médica. “Nesses casos, ficamos de duas a três semanas sem profissional dedicado à unidade, mas fazemos contratos com autônomos (RPA) até conseguirmos profissional fixo”. Relativo ao atendimento em outras cidades, o secretário afirmou que são os pacientes que procuram, por conta própria, hospitais nesses municípios. “Quando há necessidade de internação, acabam ficando por lá e esses dados chegam para a gente. Eventualmente, se há vagas oferecidas por outro município, a Santa Casa tem a autonomia de fazer essa transferência, mas isso não passa pela Secretaria”. Ele afirmou ainda que a Fundação do ABC está contratando novos profissionais e que o boletim com a ocupação de leitos de UTI – Covid deve ser implementado em breve. Já em relação ao número de mortes, deu como justificativas “festas de final de ano e o alto número de jovens infectados”.

Washington Bortolossi (Cidadania), citando os últimos quadrimestres dos anos de 2019 e 2020, disse que “a gente verifica uma diminuição em relação à urgência e emergência na UPA e Santa Casa, mas o investimento se manteve ou até aumentou. Existe uma explicação técnica para isso? Já o investimento em assistência hospitalar e ambulatorial teve um acréscimo de R$ 1,798 milhão, que parece pouco, pois em 2019 não tinha pandemia. Os R$ 14 milhões que vieram do governo estão inseridos nesse número?” Em resposta, Irabi afirmou que, “mesmo com a redução dos atendimentos, o custo de um paciente que vai ao pronto-socorro varia. Em algum caso que exige observação, esse valor pode aumentar. A redução dos atendimentos se deve a menor procura dos pacientes com medo de se expor ao vírus. O que foi pago veio de todas as fontes de receita”.

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