Saúde de Campinas confirma novo óbito por gripe
Paciente de 71 anos tinha comorbidades e não estava vacinado contra a doença. Imunizante é recomendado para todas as pessoas a partir de 6 meses
                Foto: Fernanda Sunega
A Secretaria de Saúde de Campinas confirmou um novo óbito por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) provocada pelo vírus influenza, causador da gripe. O paciente de 71 anos tinha doenças preexistentes (comorbidades) e não estava vacinado contra a doença. A morte foi registrada em 25 de julho.
Desde janeiro a cidade contabiliza 350 casos e 46 mortes de SRAG por influenza. Durante todo 2024, Campinas teve 342 pessoas com a síndrome e 30 mortes pela doença.
Do total de óbitos por gripe, 38 foram de pessoas que não receberam a vacina.
Já entre os oito residentes que receberam o imunizante, seis estavam adequadamente imunizados. Isso porque a vacina leva 15 dias para garantir a proteção ideal e duas pessoas apresentaram os sintomas da doença antes deste período.
Além disso, 45 pessoas tinham doenças preexistentes e, portanto, eram do grupo de risco.
Importância da vacina
A Saúde reforça a importância da vacinação contra a gripe, principalmente para grupos prioritários, como medida de prevenção e, sobretudo, para reduzir o risco de evolução para formas grave e óbito pela doença. Os imunizantes estão disponíveis para toda a população a partir de 6 meses nos 69 centros de saúde da cidade.
Para receber a dose basta levar documento com foto e a caderneta de vacinação, se tiver. Não é necessário agendamento. Informações e horários das salas de vacina nas unidades básicas estão disponíveis no site: https://vacina.campinas.sp.gov.br.
Neste ano, a dose protege contra as gripes A (H1N1 e H3N2) e B. O imunizante pode ser administrado junto com outras vacinas do Calendário de Vacinação. No caso de crianças vacinadas pela primeira vez, é preciso tomar duas doses com intervalo de 30 dias.
Resultados e meta
Em 19 semanas de estratégia de imunização, a secretaria aplicou 344.022 doses da vacina. Idosos, crianças de 6 meses a 5 anos e gestantes, que são público-alvo, receberam 157.610 doses, enquanto 186.412 foram direcionadas para demais grupos prioritários e a população em geral.
Desde o início da mobilização, em 7 de abril, a Saúde realizou uma série de ações para facilitar o acesso ao imunizante fora das unidades básicas, incluindo shoppings, terminais de ônibus, supermercados, o Aeroporto de Viracopos e o 17º Fórum de Profissões de Campinas. Foi realizado ainda um "Dia D" para incentivar a vacinação dos públicos prioritários na primeira quinzena de abril.
  
Idosos: 121.253 doses (55,81% da população de 217.232)
Crianças: 32.555 doses (45,44% da população de 71.633)
Gestantes: 3.802 doses (41,35% da população de 9.194)
A meta da Saúde é imunizar 90% de cada um dos três grupos que fazem parte do Calendário Nacional de Vacinação.
Públicos prioritários
Idosos (60 anos ou mais), crianças de 6 meses a 5 anos, gestantes, puérperas, pessoas com doenças crônicas, povos indígenas, quilombolas, pessoas em situação de rua, trabalhadores da saúde e da educação, profissionais das forças de segurança e salvamento, profissionais das Forças Armadas, pessoas com deficiência permanente, caminhoneiros e trabalhadores de transporte coletivo, trabalhadores portuários, trabalhadores dos Correios, população e funcionários do sistema de privação de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos).
Estes grupos incluem 494,3 mil pessoas, segundo estimativa atualizada pelo Ministério da Saúde em maio deste ano. Este indicador pode ser atualizado ao longo do ano.