Santa Casa de Itatiba soma prejuízo de R$ 25 mil mensais com extravio de itens hospitalares

Foto: Ludmily Almeida / SCMI
A Santa Casa de Misericórdia de Itatiba tem enfrentado uma realidade preocupante e recorrente: o extravio e, em alguns casos, o furto de itens hospitalares. A instituição estima perdas mensais de cerca de 220 itens entre roupas de cama, toalhas, pijamas, além de objetos como torneiras e assentos sanitários — prática que tem gerado um prejuízo financeiro em torno de R$ 25 mil todos os meses.
Segundo o gestor estratégico da Santa Casa, Kaue César Demczuk da Silva em entrevista ao Jornal de Itatiba/CRN, trata-se de um cenário comum a diversos hospitais do país, especialmente em um contexto de recursos limitados e de grande circulação de pessoas. “Essa é uma realidade desafiadora. O impacto financeiro dessas perdas compromete recursos que poderiam ser investidos diretamente na assistência e em melhorias estruturais da instituição”, afirma.
De acordo com os registros internos, os itens mais visados são roupas de cama, como lençóis e cobertores. As alas com maior incidência de perdas são as enfermarias e os apartamentos cirúrgicos e executivos, setores com maior rotatividade de pacientes e acompanhantes.
Apesar de contar com uma empresa terceirizada que realiza reposições mensais, além da produção própria por meio da costura interna, o hospital enfrenta dificuldades para manter o estoque. “Infelizmente, em alguns momentos as perdas comprometem a disponibilidade imediata de certos itens, afetando o conforto dos pacientes”, diz Kaue.
Para tentar conter os prejuízos, a Santa Casa já adota diversas ações de conscientização. Durante a internação, os pacientes e acompanhantes recebem orientações para evitar o transporte indevido de materiais hospitalares. Também há o envolvimento do setor de Humanização e das equipes de apoio para promover o cuidado coletivo com o patrimônio público.
Medidas administrativas são adotadas em casos com indícios claros de má-fé, inclusive com o registro de boletins de ocorrência quando necessário.
Além disso, a Santa Casa estuda a implantação de sistemas de controle e rastreamento de itens hospitalares, como a instalação de dispositivos de alarme e identificação nos materiais. “Estamos realizando cotações para viabilizar esse projeto. O objetivo é coibir perdas e fortalecer uma cultura de responsabilidade compartilhada”, explica o gestor.
Diante do desafio, a instituição reforça o apelo à população para o cuidado e respeito com os bens públicos. “Cada lençol levado ou danificado representa um custo que poderia estar sendo investido na saúde de todos. A colaboração da comunidade é fundamental para superarmos esse problema”, conclui Kaue.