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Santa Casa de Itatiba enfrenta superlotação no PS e faz apelo à população

Por Redação

Foto: Márcio Egidio / JI

A Santa Casa de Misericórdia de Itatiba tem enfrentado um período de superlotação no pronto-socorro, principalmente em função do aumento de casos de doenças respiratórias típicas desta época do ano. O diretor técnico da instituição, Dr. Carlos Alberto Gonçalves Lemes, que atua há 35 anos como neurocirurgião na casa e há 24 anos na direção técnica, concedeu entrevista à imprensa para esclarecer a situação e tranquilizar a população.

Segundo Dr. Lemes, a unidade tem registrado entre 13 e 17 pacientes internados simultaneamente no pronto-socorro, número considerado alto para a estrutura atual. Apesar da pressão, a equipe médica e de enfermagem tem se desdobrado para manter a qualidade do atendimento. “Estamos conseguindo dar conta, mas é sempre uma preocupação saber se vamos continuar conseguindo”, afirmou.

O diretor destacou que, apesar de uma leve queda nos atendimentos nas últimas semanas, o clima mais frio pode causar nova alta na demanda. Ele alertou ainda que a superlotação pode gerar atrasos no atendimento, especialmente para casos menos urgentes.

Apelo por respeito aos profissionais

Dr. Lemes aproveitou para fazer um apelo à população, pedindo paciência e respeito aos profissionais de saúde. “Infelizmente, alguns pacientes chegam exaltados, discutem com médicos e enfermeiros. Isso só agrava a situação, pois desmotiva os profissionais e dificulta a contratação de novos”, explicou.

O diretor relembrou que muitos desses profissionais foram considerados heróis durante a pandemia, mas hoje enfrentam críticas e agressões verbais injustas. “Todos merecem ser tratados com dignidade — tanto quem procura, quanto quem presta o atendimento”.

Limitações estruturais e futuro do atendimento

A entrevista também trouxe à tona a limitação de espaço físico da Santa Casa. Segundo o diretor, o pronto-socorro atual é inadequado para a demanda e há necessidade de redirecionar casos de baixa complexidade para unidades de atenção básica, como PSFs e a UPA. “Não dá mais para atender gripe e resfriado no mesmo espaço onde realizamos cirurgias complexas e atendemos pacientes imunodeprimidos”.

Ele explicou ainda que, quando necessário, leitos de outras enfermarias têm sido adaptados para receber pacientes clínicos, o que pode comprometer procedimentos cirúrgicos. A Santa Casa já se prepara, inclusive, para reativar leitos de UTI para casos respiratórios, caso a situação piore.

Orientações e canais oficiais

O hospital reforça a importância da vacinação contra gripe e outras doenças respiratórias, além do uso consciente dos serviços de urgência. Reclamações e sugestões podem ser encaminhadas à ouvidoria da Santa Casa, que analisa todas as manifestações recebidas, inclusive as feitas pelas redes sociais.

Dr. Lemes finalizou com um recado direto: “Estamos fazendo o máximo com os recursos que temos. Nossa equipe é dedicada, mas precisamos da colaboração e compreensão de todos. Vamos continuar atendendo quem precisa — com respeito, paciência e responsabilidade”.

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