Previdência privada: uma alternativa para garantir estabilidade financeira no futuro
A previdência privada é uma solução estratégica para quem deseja planejar a aposentadoria e assegurar uma renda no longo prazo

Foto: iStock/ Irina Shatilova
A história das sociedades é marcada por momentos de estabilidade e instabilidade, de modo que o processo de desenvolvimento do sistema mundo que conhecemos hoje é pautado por essa dinâmica desde sua gênese e tende a continuar nesse ciclo. Nesse sentido, especialmente em tempos de incerteza, a procura por alternativas que garantam segurança financeira para o futuro torna-se cada vez mais fundamental.
De acordo com as projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), até o ano de 2050 cerca de 30% da população brasileira terá 60 anos ou mais. Esse número representa quase o dobro da realidade atual. Essa dinâmica, por sua vez, reflete diretamente no aquecimento do mercado relacionada à Previdência privada no Brasil.
Conforme a Superintendência de Seguros Privados (Susep), no que diz respeito a arrecadação total das modalidades Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) e de previdência tradicional, em 2023, foi de 170,4 bilhões de reais, valor que se encontra 9% acima do referente a 2022.
Como funciona a previdência privada?
Em suma, a previdência privada é um tipo de investimento disponibilizado para pessoas físicas e, como se trata de um tipo de previdência, possui caráter de longo prazo. A previdência privada possui como principal função complementar a previdência disponibilizada pelo Governo Federal, ou seja, não possui ligação direta com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Em suma, a previdência privada funciona com um tipo de poupança de longo prazo, no qual a pessoa faz sua contribuição mensal com base em um valor pré-determinado a fim de acumular recursos suficientes para completar sua aposentadoria. No momento de contratar um plano, o trabalhador pode optar por quanto deseja investir e contribuir.
Esses valores investidos são aplicados em instituições financeiras, como seguradoras ou bancos, em fundos de investimento de baixa volatilidade. Os recursos acumulados rendem no transcorrer do tempo conforme o desempenho dos investimentos escolhidos.
Desse modo, quanto maior o tempo de contribuição do trabalhador e mais consistentes forem os aportes mensais, maior tende a ser o valor final da previdência privada. Quando se atinge a aposentadoria, o trabalhador pode optar por sacar o valor total acumulado ou receber mensalmente por tempo determinado ou vitalício esse montante, dependendo do tipo de plano contratado, ou seja, se for PGBL ou VGBL.
Considerando as dinâmicas alicerçadas na economia brasileira e do mundo na totalidade, a previdência privada pode ser extremamente útil por uma série de fatores. Por exemplo, ao começar a investir cedo na previdência privada no futuro, as chances de ter uma reserva significativa de dinheiro é muito grande.
Além disso, o plano de previdência privada, por ser gerido por instituições financeiras sólidas e regulamentadas, oferece estabilidade frente a políticas públicas que, inevitavelmente, podem ser alteradas ao longo do tempo, como ocorreu, por exemplo, em 2019 com a publicação da Emenda Constitucional nº 103.
No fim, considerando o cenário atual, a previdência privada é um excelente recurso para garantir a tranquilidade financeira depois de cumprir com os deveres sociais no mundo do trabalho. Em casos nos quais a previdência pública não dá conta de suprir as necessidades dos cidadãos, vale a pena planejar-se e investir no setor privado.