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Foto: iStock/ milorad kravic

Organizar uma mudança de casa exige planejamento antecipado e atenção a detalhes que vão muito além do simples ato de empacotar pertences. Cronograma estruturado, desapego de itens acumulados, desligamento de serviços, organização criteriosa das caixas, alternativas de financiamento e pesquisa por imóveis seguros estão entre os fatores que determinam se a transição para o novo lar será tranquila ou carregada de imprevistos.

Planejamento antecipado garante organização e menos imprevistos na hora da mudança

Uma mudança bem organizada deve começar com um cronograma detalhado e pensado com antecipação, ou seja, pelo menos 30 dias de antecedência da data da mudança, ou 60 dias em caso de realocação para outra residência em uma nova cidade.

Para evitar estresses desnecessários, o processo pode ser dividido em etapas semanais. Então, por exemplo, 6 a 8 semanas antes do grande dia já é preciso começar a busca por empresas de mudança, fazer uma lista do que será levado e começar a separar itens que podem ser doados ou vendidos. 

Faltando cerca de um mês para a mudança, chegou a hora de embalar objetos pouco utilizados e avisar instituições e serviços, como a escola dos filhos e o banco, sobre a transição de moradia.

Os itens essenciais podem ir para as caixas de duas a três semanas para a mudança. Ao mesmo tempo, móveis grandes e pesados já devem ser desmontados. Na última semana, tudo deve estar 100% empacotado e uma mala com os itens necessários para a primeira noite na nova casa deve estar pronta. 

Ela deve conter itens de uso imediato, como algumas mudas de roupas, produtos de higiene, documentos e remédios, assim não será necessário vasculhar caixas na chegada.

Mudança também é oportunidade para doar, vender e descartar o que não serve mais

O processo de mudança é o momento perfeito para praticar o desapego, rever todos os pertences e separar aquilo que não vale a pena levar para o novo lar. 

Uma boa dica é classificar os objetos em três categorias: doação, venda e descarte. Bons cobertores, agasalhos, roupas de cama e travesseiros podem ajudar (e muito) os que mais precisam, especialmente no inverno. Estes são itens que vale a pena doar.

Agora, outros artefatos que tenham um valor monetário mais elevado podem ser vendidos por meio de sites especializados, redes sociais, grupos voltados para venda ou o bom e velho “boca a boca”. Por último, tudo o que estiver danificado e não puder ser aproveitado para doação ou venda deve ser descartado, sempre de forma segura e responsável.

Desligar ou transferir serviços evita cobranças indevidas e garante recebimento de correspondências

Um detalhe básico, mas que pode passar despercebido, é o desligamento ou a transferência dos serviços residenciais no antigo endereço. Antes de sair da residência, é necessário entrar em contato com as prestadoras de serviço de água, luz, telefonia, internet, TV a cabo, etc.

É importante salientar que, caso o cancelamento não seja formalizado, as contas continuarão ativas e gerando cobranças, mesmo não sendo mais utilizadas. Outro ponto de atenção é a atualização do endereço em bancos, operadoras de cartão, planos de saúde ou clubes de assinatura. Dessa forma, documentos ou encomendas importantes não serão perdidos após a mudança. 

Organização correta das caixas garante transporte seguro e facilita a chegada ao novo lar

A forma como as caixas são organizadas e empacotadas pode facilitar o processo e diminuir o risco de objetos serem extraviados ou danificados. O primeiro passo é reunir todo o material necessário: caixas de papelão de diversos tamanhos, fita adesiva, etiquetas e jornais.

Na hora de começar a guardar os itens, é importante colocar os objetos mais pesados em caixas menores e os mais leves em compartimentos maiores. Assim, evita-se que caixas pesadas demais possam rasgar ou dificultar o transporte.

Após lacradas, as caixas devem ser rotuladas e identificadas de forma correta, com o cômodo de destino e o seu conteúdo, como, por exemplo, “cozinha: panelas e utensílios”. Isso vai facilitar na hora de desempacotar e começar a organização.

Vaquinhas presenciais ou online ajudam a reduzir os custos da mudança

Mudar de casa envolve altos custos que podem acabar pesando no bolso. Uma alternativa para quem está preocupado com as despesas é recorrer a uma vaquinha, ou seja, uma coleta de contribuições financeiras entre amigos, familiares ou mesmo desconhecidos solidários. Isso pode ser feito de maneira informal (pedindo ajuda a pessoas próximas) ou por meio de plataformas online de financiamento coletivo, conhecidas popularmente como “vaquinhas online”.

Existem sites dedicados em que é possível criar uma campanha explicando a necessidade e compartilhando para receber doações. Plataformas como Vakinha, Kickante e Catarse permitem cadastrar a história e a meta de arrecadação e receber contribuições de qualquer pessoa pela internet. 

Pesquisa e orçamento realista tornam a mudança para outra cidade mais tranquila

O desafio de se transferir do conforto de uma residência conhecida para outra casa, inicialmente desconhecida, aumenta quando se está mudando também de cidade.

Para que tudo ocorra da melhor maneira, é preciso pesquisar e ter cautela, investigando melhor a cidade, seus bairros, as regiões mais e menos seguras e maiores informações sobre sua infraestrutura, como transporte público, escolas, lazer e hospitais.

Com a região-alvo em mente, agora é preciso entrar em contato com agências locais. Por exemplo, se a mudança for para a cidade de São Paulo, é preciso procurar por uma imobiliária em São Paulo, conversar com um agente e verificar as opções de moradia disponíveis.

Por fim, defina um orçamento realista e factível. Mudar-se de cidade geralmente envolve uma série de outros gastos maiores e imprevistos, desde taxas administrativas até despesas mais caras com transporte, portanto, tudo o que puder ser planejado e provisionado com antecedência terá grande utilidade e proporcionará mais tranquilidade durante a transição.