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Mísseis do Irã atingem centro de Tel-Aviv após Israel ampliar ofensiva

Por Redação

Foto: Reprodução / Redes Sociais

Por Estadão Conteúdo

O Irã lançou nesta sexta-feira, 13, duas rodadas de ataques ao território israelense, disparando mais de 100 mísseis na primeira e 50 na segunda. A operação ocorreu em meio a uma onda de bombardeios de Israel, desde a madrugada de ontem (noite de quinta-feira, 12, no Brasil), contra cidades iranianas, instalações nucleares, cientistas e a alta cúpula militar do país.

O saldo ontem era de 80 mortos e mais de 300 feridos no Irã. Do lado israelense, apesar dos alertas para que a população corresse para abrigos antiaéreos, ao menos 1 pessoa morreu e 70 ficaram feridas.

Após o contra-ataque, Israel afirmou que o Irã passou dos limites e anunciou a mobilização de reservistas "para todas as frentes de combate". "O regime aiatolá pagará um preço muito alto por suas ações", disse o ministro da Defesa, Israel Katz.

As primeiras explosões de ontem em Israel foram ouvidas em Jerusalém, mas o maior estrago foi registrado em Tel-Aviv. Segundo a emissora israelense Canal 13, um incêndio começou perto da sede do Ministério da Defesa. O diário Israel Hayom informou que foguetes caíram em sete áreas da cidade.

Sirenes também foram acionadas em Haifa, nas Colinas do Golan, no norte, e em cidades da região central, como Ramat Gan e Netanya. A maioria dos feridos foi resgatada de prédios atingidos em Tel-Aviv.

Defesa

O sistema de defesa de Israel interceptou a maioria dos mísseis iranianos. Uma autoridade americana, que pediu anonimato para discutir uma operação em andamento, disse ao New York Times que os EUA estavam ajudando Israel a interceptar alguns dos disparos.

A autoridade afirmou que navios militares americanos, já presentes no Mediterrâneo Oriental para ajudar a defender as tropas dos EUA na região, foram usados para interceptar os mísseis. Depois dos ataques, as autoridades liberaram a população para deixar os abrigos, mas pediram para que todos se mantivessem nas proximidades em caso de novas ações do Irã.

A retaliação ocorreu momentos após o líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, prometer que "Israel não sairá ileso" do conflito. "Alguns dos comandantes e cientistas foram mortos, mas seus substitutos assumirão imediatamente as funções", afirmou o aiatolá.

O que Khamenei tentou minimizar foi o fato de a ofensiva de Israel ter matado a cúpula das forças armadas do Irã, incluindo o general Mohammad Bagheri, chefe de Estado-Maior, segundo comandante do país após o aiatolá.

O general Hossein Salami, comandante-chefe da Guarda Revolucionária, principal força militar do Irã, também foi morto. Ele era o segundo na cadeia de comando militar e tinha o terceiro cargo mais importante do Irã. Os também generais Gholamali Rashid, comandante-chefe adjunto das forças armadas, e Amir Ali Hajizadeh, chefe do programa de mísseis da Guarda Revolucionária, também morreram.

Os ataques israelenses teriam destruído ainda parte das três principais centrais nucleares iranianas: Natanz, Fordo e Isfahan. Rafael Grossi, chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), disse que o ataque a Natanz destruiu a unidade de enriquecimento de urânio acima do solo, causando contaminação química e radiológica. As salas subterrâneas em Natanz não foram afetadas.

O Irã admitiu que as instalações foram atingidas, mas minimizou os danos. Imagens de satélite não mostraram estragos significativos à infraestrutura nuclear, segundo especialistas.

De acordo com David Albright, do Instituto de Ciência e Segurança Internacional, os primeiros ataques foram voltados para objetivos possíveis apenas por meio da surpresa: matar a liderança militar, cientistas, sistemas de defesa aérea e a capacidade de retaliação. "Não vimos nenhum dano visível em Fordo ou Isfahan. Houve danos em Natanz, mas não na parte subterrânea", disse.

Já na madrugada deste sábado, 14 (ontem à noite em Brasília), começaram a surgir novos relatos de bombardeios israelenses, dessa vez, atingindo o aeroporto internacional de Teerã, segundo duas agências de notícias iranianas.

Participação

O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que "sabia de tudo" sobre os ataques ao Irã. O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, confirmou que os EUA tinham sido avisados com antecedência. Os americanos, no entanto, quiseram deixar claro que não participaram das operações, apesar dos relatos de envolvimento de autoridades em Washington, que falaram em condição de anonimato à imprensa americana.

Trump, que ainda tem esperanças de negociar um acordo nuclear com o Irã, adotou ontem um tom ameaçador aos iranianos. "O Irã precisa fazer um acordo, antes que não sobre nada, e salvar o que um dia foi conhecido como o Império Persa", escreveu na sua rede social. "Já houve grande morte e destruição, mas ainda há tempo para por fim a esse massacre, pois os próximos ataques planejados serão mais brutais."

Sem diálogo

As chances de um acordo, no entanto, parecem cada vez menores. Ontem, o chanceler do Irã, Abbas Araghchi, sinalizou que seu país deve abandonar o diálogo com os EUA. "A agressão do regime sionista nos força a abandonar o caminho diplomático", disse, durante encontro com o chanceler indiano, Subrahmanyam Jaishankar. A imprensa oficial de Omã, citando fontes diplomáticas, informou a suspensão por tempo indeterminado da sexta rodada das conversas, que seria realizada no país neste domingo, 15. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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