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Por Redação

Instituto do Câncer lança vídeos para o dia internacional de conscientização sobre o HPV

Série com informações sobre o vírus será destaque no Instagram do Icesp na semana do Dia Internacional de Conscientização sobre o HPV

Por Redação

Foto: Govesp

O Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), unidade ligada à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e ao Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, promoverá em seu perfil do Instagram @institutodocancersp, uma série de vídeos em alusão ao Dia Internacional de Conscientização sobre o HPV, comemorado no dia 4 de março.

Entre os dias 1 e 4 de março, serão publicados vídeos com as dúvidas mais frequentes sobre as infecções e tumores causados pelo papilomavírus humano (HPV), que serão respondidas pela Profa. Dra. Luisa Lina Villa, chefe do Laboratório de Pesquisa e Inovação em Câncer do Icesp. A programação tem o intuito de levar informações de forma dinâmica e auxiliar na conscientização e prevenção do vírus, que é o causador da infecção sexualmente transmissível mais comum no mundo.

“Estima-se que 80% da população sexualmente ativa já entrou em contato com o vírus alguma vez na vida. É nosso papel conscientizar as pessoas sobre o assunto e abordar a importância do autocuidado na prevenção do vírus e doenças relacionadas”, destaca a Profa. Dra. Luisa.

Apesar de muitas pessoas não saberem, o HPV não só atinge mulheres, como também homens e crianças de ambos os sexos. O vírus se instala na pele e em mucosas, podendo ocasionar lesões e desenvolver tumores de colo do útero, vagina, ânus, boca e garganta, vulva e pênis. “Na maioria dos casos, as infecções são eliminadas espontaneamente pelo organismo, sem qualquer sinal ou lesão. Entretanto, alguns tipos de HPV podem causar verrugas genitais. Outros tipos, quando persistentes, podem causar o câncer”, explica Luisa.

No ano de 2021, o Icesp atendeu cerca de 820 novos casos de câncer do colo do útero. “E quando falamos deste tipo de tumor, o vírus está relacionado a 100% dos casos. E infelizmente, muitos casos são diagnosticados em estágios mais avançados quando é mais difícil tratar”, explica a pesquisadora.

Prevenção

O HPV é transmitido pelo contato entre pele e mucosas, sendo a principal forma de transmissão por meio da relação sexual. Mais raramente, pode acontecer também por meio do contato com objetos e roupas de uso pessoal contaminados, e de mãe para filho, durante o parto.

A imunização e o uso de preservativo são as melhores maneiras para a prevenção. A vacina contra o HPV é indicada para proteger de quatro tipos diferentes do vírus, dentre os quais os tipos 6 e 11, que geralmente causam verrugas genitais, e os tipos 16 e 18, principais responsáveis pelas lesões que precedem o câncer.

A vacina é disponibilizada pelo SUS, gratuitamente, para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. Também têm direito à imunização gratuita homens e mulheres de 9 a 26 anos que vivem com HIV, pacientes com câncer em tratamento de radioterapia e quimioterapia e pessoas transplantadas de órgãos sólidos e medula óssea.

O uso do preservativo é uma barreira na transmissão do HPV e é sempre recomendável por ser muito eficaz também para a prevenção de outras ISTs (infecções de transmissão sexual). A boa higiene genital, das mãos e de objetos de uso íntimo também pode minimizar o risco de contato com o vírus.

“É importante lembrar, também, que todas as mulheres precisam visitar o ginecologista e realizar o exame de Papanicolau rotineiramente, ferramenta muito importante para a detecção precoce de tumores”, finaliza a Profa. Luisa.

Estratégia global

A Organização Mundial de Saúde lançou em 2020 uma chamada global para que todos os países se empenhem em controlar o surgimento de novos casos do tumor do colo do útero e reduzir a elevada mortalidade pela doença.

Foram estipulados objetivos e metas a serem implantadas até 2030, que consistem em: vacinar 90% das meninas até 15 anos contra o HPV, que 70% das mulheres recebam pelo menos dois exames preventivos de alta qualidade, sendo um até os 35 anos e outro até os 45 e que 90% das lesões precursoras e o câncer recebam tratamento adequado.

Apesar de complexo e ambicioso, esse desafio pode ser alcançado, visando salvar a vida de muitas mulheres no Brasil e no mundo.

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