Homem é preso por dar 12 golpes de faca na esposa, em Itatiba
Por Ivan Machado / Jornal da Região
Um homem de 51 anos foi preso em flagrante na madrugada deste domingo (17) por tentativa de feminicídio em Itatiba. O autor atacou sua companheira, de 45 anos, com uma faca em um ponto de ônibus na Rua Jovino Antônio Santana, no bairro Parque San Francisco.
Segundo o relato da vítima à polícia, após uma discussão potencializada pela ingestão de bebidas alcoólicas, ela saiu de casa e foi para um ponto de ônibus.
No local, o marido a abordou, proferiu ameaças de morte dizendo “vou te matar” e desferiu várias facadas contra a mulher.
A Guarda Municipal foi acionada via Central de Emergência 153 por populares que presenciaram a agressão.
Quando os guardas municipais Ricardo e Alisson chegaram ao local, encontraram a mulher consciente, sendo socorrida por populares, coberta de sangue e com ferimentos visíveis pelo corpo.
A vítima foi imediatamente conduzida à Santa Casa de Itatiba, onde o médico de plantão, Dr. Matheus Amaral Stocco, constatou que ela apresentava 12 perfurações: sete nas costas e cinco na parte frontal do corpo.
Os ferimentos tinham aproximadamente três centímetros de largura.
Enquanto a vítima recebia atendimento médico, o agressor foi localizado e preso pela equipe ROMU (Ronda Ostensiva Municipal) na Avenida Antônio Nardi.
Durante a abordagem, o homem confessou ter esfaqueado sua companheira e indicou onde havia descartado a faca utilizada no crime – uma lâmina de aproximadamente 13 centímetros.
O suspeito foi conduzido à Delegacia de Polícia de Itatiba algemado, já que havia fugido do local do crime e para preservar a segurança da equipe policial.
Durante o depoimento, a mulher revelou à autoridade policial que não era a primeira vez que era agredida pelo marido, mas nunca havia registrado ocorrência anteriormente por medo das ameaças.
Segundo a vítima, o agressor alegava impunidade por ser indígena e a ameaçava de morte caso ela o denunciasse.
O delegado responsável pelo caso, Dr. Pedro Henrique F. Craveiro, representou pela prisão preventiva.
Na decisão, a autoridade policial destacou que “o modus operandi do agente demonstra seu menosprezo à condição de mulher” e que há risco de que, uma vez em liberdade, ele volte a atentar contra a vida da companheira.
O caso foi enquadrado como tentativa de feminicídio (artigo 121-A do Código Penal), ameaça qualificada (artigo 147, §1º do CP) e violência doméstica conforme a Lei Maria da Penha.
