Jornal de Itatiba Portal de notícias de Itatiba

Menu
Notícias
Por Cristian

Futuro prefeito de Itatiba poderá encontrar dificuldades na Câmara

A maioria dos vereadores para o próximo mandato (2021/2024) deverá pertencer à oposição

Por Cristian

Foto: Lucas Selvati/JI

Da Redação

O futuro prefeito de Itatiba, Thomás Capelleto(PSDB), poderá encontrar dificuldades para governar o município caso não desenvolva um bom diálogo com a Câmara Municipal. Isso porque a maioria dos vereadores para o próximo mandato (2021/2024) deverá pertencer à oposição. A princípio, a oposição ocuparia 11 cadeiras das 17 disponíveis na Câmara Municipal de Itatiba.

Cinco edis que apoiam o atual prefeito Douglas Augusto (DEM) foram reeleitos: Washington Bortolossi (Cidadania), Flavio Monte (DEM), Willian Soares (Solidariedade), Ailton Fumachi (PL) e Cornélio da Farmácia (PL).

Outros seis vereadores eleitos são de partidos que fizeram parte da coligação que apoiou a candidatura de Douglas Augusto: Duguaca (Cidadania), Galo Herculano (Cidadania), David Bueno (Solidariedade), Junior Cecon (DEM), Luciana Bernardo (PDT) e Igor Hungaro (PDT).  

Situação e ‘independentes’

Três cadeiras na Câmara Municipal de Itatiba serão ocupadas por vereadores do mesmo partido do futuro prefeito: Leila Bedani (PSDB), Fernando Soares (PSDB) e Sergio Rodrigues (PSDB). Juninho Parodi, que foi eleito pelo Avante, também apoia o prefeito eleito.

As outras duas cadeiras serão ocupadas pelo vereador reeleito Hiroshi Bando (PSD) e Dr. Ulisses (PSD), que fizeram parte da coligação que apoiou a candidatura de Dr. Parisotto (PSD).

A reportagem do JI conversou com Hiroshi e questionou o vereador sobre um possível apoio ao futuro prefeito. Em resposta, disse que, “apoio político será decidido partidariamente, em reunião com o presidente e com o outro vereador eleito [Dr. Ulisses]”.

​Também falaram à reportagem os vereadores reeleitos Leila Bedani e Washington Bortolossi. Confira os depoimentos.

Leila Bedani (PSDB)

​Em seu primeiro mandato, a senhora fez parte da oposição, sendo inclusive uma das vereadoras que mais criticou a atual gestão; no próximo mandato, fará parte da situação, como encara tal mudança?

“Fizemos parte da oposição, mas levando sempre uma crítica construtiva para garantir os direitos dos cidadãos itatibenses. Fizemos o nosso trabalhado de fiscalizar, apontar as falhas, mas também uma crítica para apontar melhorias, com um único objetivo: defender os direitos da população e as melhorias nos serviços públicos. Era inaceitável, por exemplo, o corte de cirurgias de catarata, o gasto com R$ 800 mil para somente 'estudo' de um hospital, o desmatamento de árvores, a questão do lixo reciclável sendo descartado incorretamente. Ações mal planejadas, cujo prejuízo para a cidade é inestimável. Continuarei sendo uma vereadora atuante, que propõe ações e projetos que agregam na vida das pessoas e da cidade. O prefeito eleito, com o qual pude compartilhar muitas coisas no mandato como vereadora, tem um olhar especial para o ser humano e tem estudado de perto as necessidades e as dificuldades da cidade. Imagino que a maior dificuldade será ajustar o orçamento do município, já que a atual gestão deixará quase R$ 70 milhões em dívida de empréstimo, entre outras demandas, que deverão ser pagos pela próxima gestão”.

 A maioria dos vereadores que apoia a atual gestão foi mantida, acha que isso pode dificultar o seu trabalho na Câmara?

“Quanto às dificuldades, sempre vão existir, não tenho dúvidas, porém, o que é importante entendermos é que é para população que temos que trabalhar. Se o foco for esse, não tenho dúvidas do resultado positivo”.

Acha que haverá muita cobrança por parte dos vereadores de oposição à nova gestão do Executivo? Como vê essa questão?

“O papel do vereador é cobrar, é fiscalizar e propor melhorias. O cidadão sabe diferenciar quando uma cobrança é legítima. Acredito ser importante haver um entendimento entre os pares de ambos os lados, para que possamos dar a resposta positiva que a população espera quando elege um representante, seja no Legislativo ou no Executivo”.

Washington Bortolossi (Cidadania)

Atualmente, o senhor é vereador da situação, no próximo mandato será da oposição, o que muda em sua atuação como vereador?

“Não muda nada. A função do vereador deve ser exercida sem rótulos, o trabalho deve ser feito de acordo com os anseios da população. O posicionamento será o mesmo de sempre, com coerência e representando a população. Não é porque o prefeito não seja do mesmo partido que o meu que vou trabalhar contra ou torcer para as coisas darem errado. Todos temos que nos posicionar de acordo com aquilo que acreditamos e com o que for bom pra a cidade”.

Acha que haverá muita divergência na Câmara entre oposição e situação nos próximos quatro anos?

“Não acredito que haverá muitas divergências. Tudo dependerá da forma com que estiverem os andamentos dos trabalhos na cidade. Se for bem, acredito que terá apoio da grande maioria; se for mal, haverá mais cobrança. Isso faz parte, desde que as críticas sejam construtivas e não apenas apontar falhas ou necessidades e não se mobilizar para resolver”.  

Como vê a nova composição da Câmara, com alguns vereadores sendo mantidos, outros que voltam, caso do David Bueno, e alguns que chegam para o primeiro mandato?

“Normal. Todos foram legitimamente eleitos pela população e estão aptos a exercer os seus mandatos. Tenho certeza que a grande maioria eleita seguirá uma conduta propositiva em relação à cidade”.

tópicos

Não conseguimos enviar seu e-mail, por favor entre em contato pelo e-mail

Entendi

Nós usamos cookies

Eles são usados para aprimorar a sua experiência. Ao fechar este banner ou continuar na página, você concorda com o uso de cookies. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

Aceitar todos os cookies