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Por Redação

Festa Junina: patrimônio cultural deve movimentar bilhões na economia brasileira em 2025

Mais do que uma celebração cultural, a Festa Junina se consolida como uma importante alavanca econômica para diversos setores do país

Por Redação

Foto: iStock/Saulo Angelo

Historicamente, as festas juninas surgiram no Brasil durante a época das colônias, trazidas especialmente pelos portugueses que celebravam santos católicos, como Santo Antônio, São João e São Pedro.

No transcorrer do tempo, considerando o choque entre culturas, ou seja, a partir da mescla de tradições europeias, africanas e indígenas, essa festividade acabou consolidando-se  na estrutura social a partir das danças, comidas típicas e celebrações vinculadas às sociedades que viviam do campo.

Porém, somente a  partir de abril de 2023, com a Lei nº 14.555, passou a ser reconhecida oficialmente como uma manifestação da cultura brasileira. No entanto, além do seu aspecto cultural, as festividades juninas, que costumam ocorrer nos meses de junho e julho, dependendo da região e da programação, representam na engrenagem econômica e social uma das cadeias produtivas fundamentais, especialmente nas regiões Norte e Nordeste.

Nesse sentido, considerando as transições escolares ao nível territorial, desde grandes cidades até os pequenos municípios do interior, os eventos mobilizam comunidades inteiras, gerando emprego, renda e oportunidades para empreendedores locais.

No ano de 2023, por exemplo, as duas principais festas juninas, realizadas em Caruaru–PE e Campina Grande–PB, juntas, conseguiram arrecadar valor estimado em 1,1 bilhão de reais. Na totalidade de pessoas no evento, contabilizando ambas as cidades, chegou-se ao número de 5,7 milhões de pessoas.

Quando se olha para o impacto econômico dessas festividades, percebe-se que ele se distribui entre setores distintos da economia, atingindo desde o setor alimentício, ao de vestuário, decoração, turismo e entretenimento.

Como a festa junina impacta variados setores da economia?

As festividades, considerando sua carga simbólica e história, permeiam a economia em graus distintos. Por exemplo, os alimentos consumidos nessa época do ano, embora existam variações regionais, costumam ser: pamonha, canjica, milho-verde, bolo de fubá e quentão, entre outros. Essa demanda, portanto, beneficia produtores rurais, feirantes nas regiões nas quais as comemorações são de grande, médio e pequeno porte.

No setor de turismo, a movimentação econômica ocorre a partir de viagens regionais, serviços de hotelaria e até mesmo pacote de viagens contratado de agências específicas. Outro setor diretamente beneficiado é o de eventos e entretenimento.

A contratação de artistas, bandas de forró, trios de sanfona e quadrilhas juninas atende toda uma massa de artistas que vivem desse segmento, além de impulsionar negócios relacionados à infraestrutura, como iluminação, som, segurança e montagem de palcos, entre outros.

Todavia, um dos aspectos mais visíveis da festa junina é, sem dúvidas, a indumentária típica. Nesse caso, o setor varejista geralmente é impulsionado a partir da procura de itens que acabam sendo essenciais nas decorações e vestimentas. Itens como a botina em couro masculina, vestidos tradicionais, chapéus de palha, e decorações típicas costumam registrar aumento na procura nas lojas.

Para 2025, estima-se que a tradicional Festa Junina deve injetar 6 bilhões na economia brasileira, mantendo o patamar expressivo registrado em 2023, momento no qual o crescimento em relação ao ano anterior chegou a 76%. No fim, além do seu aspecto cultural, a festividade possui impacto direto no comércio, na geração de empregos temporários e no fortalecimento das economias locais a partir das manifestações culturais.

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