Especialista orienta como lidar com o autismo no isolamento social
A orientadora da Apae acredita que muitos autistas têm dificuldades com a quarentena

/home/jicombr/public_html/themes/ji/artigo.php
Da Redação
A tensão e a ansiedade são comuns a todos durante o isolamento social causado pela pandemia do novo coronavírus, no entanto, as pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) podem ter dificuldades em lidar com as mudanças da nova rotina. Segundo a orientadora pedagógica na Apae de Itatiba e coordenadora do Caepi na Prefeitura de Itatiba, Kelly Vigato da Silva, “estamos muito preocupados com as pessoas com deficiência, alunos autistas e suas famílias precisam lidar com as dificuldades extras que não tinham antes”.
Segundo a especialista, há dois grupos de pessoas com o TEA, “os que têm a deficiência de modo mais leve, e que a pandemia não tem tantos problemas como em comparação de pessoas com autismo mais grave, que podem ter outras dificuldades associadas ao TEA”.
Nova rotina
“Podemos perceber que os autistas mais graves podem não reconhecer a casa como um lugar para realizar as atividades que encaminhamos. Isso por causa da quebra da rotina habitual, que eles sentem e estão acostumados”, explica Kelly, que também destaca a dificuldade que pode ser apresentada pelos familiares que estão ajudando, “eles não são especialistas, como é o caso dos professores, portanto, é preciso uma parceria muito grande”.
“A ansiedade está sendo devolvida por muitas pessoas nesta época de pandemia, e as crianças com autismo estão sem contato com as pessoas que elas estavam acostumadas, em alguns casos não estão conseguindo realizar atividades de lazer, e as famílias estão passando por um período de estresse”, conclui.
Dicas para lidar com crianças com o TEA durante a quarentena
- Trabalhar as habilidades que eles devem estar se desenvolvendo dentro de casa, como música ou contação de histórias, por exemplo;
- Trabalhar a parte da coordenação motora, inclusive nas tarefas domésticas;
- Incentivar o uso da máscara, até a criança se adaptar, inclusive colocando dentro de casa de forma gradativa;
- Utilizar o álcool em gel, ensinando as crianças de forma gradativa, com cuidado para não colocar na boca.