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Por Redação

Entenda como a destruição de garrafas auxilia no combate à adulteração de bebidas alcóolicas

Vasilhames vazios foram destruídos e encaminhados para reciclagem em mais um desdobramento das ações contra a contaminação por metanol

Por Redação

Foto: Govesp

Mais de 100 mil garrafas vazias de bebidas alcoólicas que seriam reutilizadas em fábricas clandestinas para adulteração e falsificação foram destruídas. A ação, realizada na quarta-feira (15), retirou de circulação os vasilhames, impedindo a reutilização por grupos criminosos, e deu a destinação ecologicamente correta, encaminhando para a reciclagem.

Segundo o delegado Ronald Quene, titular da 1ª Cerco, a operação representa um duro golpe no esquema de falsificação. Ele explica que medidas como a apreensão e destruição das garrafas são consideradas eficazes no enfrentamento à falsificação, porque retira dos criminosos a principal matéria-prima usada para envasar bebidas adulteradas, reduzindo drasticamente a capacidade de produção e distribuição ilegal.

“Qualquer pessoa poderia adquirir esses vasilhames e utilizar da forma que quisesse. Com essa apreensão, nós asfixiamos o elo financeiro dos grupos criminosos investigados. Retirando as garrafas de circulação atingimos diretamente a adulteração e falsificação de bebidas alcoólicas”, afirma o delegado Ronald Quene, titular da 1ª Cerco.

As garrafas foram apreendidas no dia 6 de outubro pela 1ª Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco) da Polícia Civil, durante ação da força-tarefa do Governo de São Paulo que atua nas investigações sobre adulteração de bebidas com metanol no estado.

Os vasilhames estavam em galpão clandestino na zona leste da capital. O local comercializava garrafas usadas, vendidas sem higienização e destinadas à falsificação de destilados. O material foi apreendido e encaminhado para a empresa O-I Glass, fabricante de embalagens de vidro, após autorização judicial. A solicitação foi feita pela Polícia Civil e autorizada pelo juiz Lucas Bannwart Pereira, do Fórum Criminal Barra Funda do Tribunal de Justiça de São Paulo.

O Governo de São Paulo e setores de comércio de bebidas discutem medidas de combate à contaminação por metanol em bebidas alcoólicas adulteradas. Integrantes do gabinete de crise e de segmentos de bares, restaurantes, supermercados e outros estabelecimentos trabalham para implementar medidas concretas e estruturantes para combater a cadeia de adulteração de bebidas.

Reciclagem

Na quarta-feira (15), sete toneladas de vidro foram destruídas e encaminhadas para o processo de reciclagem, na empresa O-I Glass. Em um primeiro momento, as garrafas foram destruídas de forma manual em um pátio, na zona leste, onde estavam guardadas desde a apreensão pela Polícia Civil.

Já na empresa, os materiais passaram por uma segunda etapa de destruição, limpeza e divisão por cores. Após o procedimento, o material foi pesado e enviado para um forno a 1500º, passando do estado sólido para o líquido. 

“Cada máquina vai fazer um produto diferente. Daquele vidro, você pode fazer uma garrafa de cerveja, uma de vinho, de whisky, um pote de azeitonas ou de pimenta. O vidro é o único material do mundo que é 100% reciclável”, explica Maurício Carvalho de Moraes, gerente da Fábrica São Paulo da O-I Glass.

A empresa leva em média de 2 a 3 dias para fazer todo o procedimento de reciclagem. “Para o meio ambiente, é extremamente importante. Reciclando, você evita retirar matérias-primas e minerais da natureza, economiza energia e evita ocupar espaços nos lixões, que não são locais adequados para o descarte”, ressalta. 

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