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Consórcio PCJ lança cartilha que alerta sobre queda do volume de chuvas

O Cantareira enfrentou em 2014 a pior crise hídrica da história; segundo o professor da Unicamp, Antônio Carlos Zuffo, a situação pode se repetir em 2025

Por Redação

Foto: Vagner Campos / Foto Públicas

 

Da Redação

 


Em coletiva realizada na última quinta-feira, 18, o Consórcio PCJ lançou a cartilha “Influências do Clima no Sistema Cantareira: cenários para 2021”. O documento, que traz orientações para os administradores públicos e para a população, alerta sobre a contínua queda do volume de chuvas e mostra as tendências climáticas para os próximos anos. A apresentação da cartilha contou com a participação do hidrólogo e professor da Unicamp, Antônio Carlos Zuffo.

Ele explicou que a crise hídrica que atingiu o Cantareira em 2014 é um evento cíclico que ocorre a cada 11 anos, por isso existe a possibilidade de uma nova crise entre os anos de 2025 e 2027. “A crise hídrica de 2014 e início de 2015 foi bastante severa. Foram dois anos de poucas precipitações e, a partir da análise daquele e de outros períodos, percebemos que, em média, ocorreu uma crise hídrica a cada 11 anos. Se entendermos que existe um fenômeno cíclico e se esta média de chuva se repetir, há a possibilidade de uma nova crise entre 2025 e 2027”.

A previsão do hidrólogo é baseada em dados climáticos coletados pelo Consórcio PCJ, que mostram que as médias históricas de chuvas nas bacias do PCJ deveriam ser de 1.544 milímetros por ano, no entanto, somente em dois anos (2015 e 2016) foram registradas precipitações pluviométricas dentro da média. Nos últimos quatro anos, as chuvas ficaram abaixo do esperado.

Zuffo ressaltou que é preciso analisar dois importantes eventos climáticos que ocorrem no Oceano Pacífico, que impactam diretamente na possibilidade de chuvas no Brasil: o El Niño e a La Nina. “Um indicador importante para se checar é se no ano vamos sofrer os efeitos do El Niño ou da La Nina, que correspondem ao aquecimento ou resfriamento das águas. É importante entender que o segundo provoca um período mais seco nas regiões sul, sudeste e centro-oeste do Brasil. Com o El Niño é o oposto, no entanto, as previsões de agosto eram de um efeito La Nina”, explicou.

 


Sobre a cartilha

 


O coordenador de projetos do Comitê PCJ, José César Saad, disse que a cartilha contém “sugestões de medidas para o enfrentamento de possíveis crises hídricas e secas mais severas”. Ainda, segundo ele, “o documento traz orientações não só para prefeitos, como para a população em geral”.

Saad afirmou que o Consórcio vem trabalhando anualmente para analisar e avaliar o comportamento do Sistema Cantareira e das vazões dos rios. “O que notamos é que a quantidade de água que chega ao Cantareira está diminuindo. Na década de 1980, a vazão média era de 47 metros cúbicos por segundo. Já na década de 2010 foi de apenas 25,48 metros cúbicos, uma queda sistemática”.

Segundo o coordenador, as construções dos reservatórios de Pedreira, com previsão para o fim deste ano, e de Amparo, que tem conclusão prevista para o fim de 2022, vão fortalecer a disponibilidade de recursos hídricos na região. As informações são do Correio Popular.

 


Prefeito de Limeira é eleito presidente do Consórcio PCJ

 


Durante a coletiva realizada na última quinta-feira, o Consórcio PCJ elegeu novo presidente. O prefeito de Limeira, Mario Celso Botion (PSD), irá presidir o Consórcio nos próximos anos. Na ocasião, Botion agradeceu os colegas e revelou que a prioridade será garantir a segurança do abastecimento dos municípios do consórcio. “É preciso cuidar da sustentabilidade hídrica da nossa região. O Consórcio PCJ vem fazendo isso há anos e, por isso, quero assegurar que esse excelente trabalho continue sendo feito”.

 

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