Cidades do AUJ optam por não retomar aulas
Três dos sete municípios do Aglomerado já se posicionaram sobre o retorno às salas de aula
Foto: Governo de SP
O retorno às salas de aula ainda é uma questão que preocupa as sete cidades do Aglomerado Urbano de Jundiaí (AUJ), porém apenas Itupeva, Jarinu e Cabreúva anunciaram oficialmente que a retomada das aulas presenciais no ensino municipal será no próximo ano.
Em Jundiaí, a possibilidade de retorno ainda está sob discussão. Por hora, a prefeitura reforça que as atividades pedagógicas não presenciais serão mantidas ao menos até 7 de outubro, prazo máximo que as cidades possuem para se posicionarem a respeito das ações futuras no ramo da educação durante a pandemia.
De acordo com a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, a volta às aulas está condicionada à autorização dos prefeitos. Os municípios podem adotar calendários mais restritivos, de acordo com dados epidemiológicos locais.
A incerteza tem preocupado não só os educadores, mas os pais que estão divididos entre a necessidade dos filhos colocarem o aprendizado em dia ao lado do medo de contágio do vírus. Daniela Fontolan Mutinelli, de 36 anos, é mãe da pequena Beatriz, de 4 anos, que está no grupo 4 do ensino infantil. Ela está angustiada com a situação.
"Tudo sobre o coronavírus é muito novo e incerto, e eu, como mãe, me sinto apreensiva só de pensar que a Bia pode estar em um ambiente de risco. Por isso, se eu tiver a opção de mantê-la realizando as atividades em casa, não vou enviá-lá para a escola", compartilha a mãe ao mencionar que, se de fato as aulas retornarem este ano, deve ser facultativa.
A Prefeitura de Jundiaí alega que caso a decisão seja para a retomada das aulas presenciais ainda neste ano, a cidade irá se adequar aos protocolos oficiais de saúde preestabelecidos pelo governo de São Paulo para garantir a segurança dos alunos, educadores e demais colaboradores que atuam nas escolas.
A prefeitura de Várzea Paulista diz que não há previsão de retorno às aulas presenciais. Dessa forma as situações pedagógicas à distância serão mantidas. O município reforça ainda que estão sendo realizados estudos e mediante consenso, a partir do Plano São Paulo e da realidade do AUJ.
Retorno adiado
O secretário de educação de Itupeva, Fábio Andrade, diz que a decisão foi tomada de forma democrática. "Nós disponibilizamos um questionário para que os munícipes votassem se eram contra ou a favor da retomada das aulas municipais neste ano. O resultado nos mostrou que 89% das famílias não aprovavam a medida, motivo pelo qual, optamos por adiar o retorno presencial até 2021", explica.
No entanto, Andrade alega que os professores continuarão preparando conteúdos para os alunos durante o período em que o ensino continuar a distância. "A cada três semanas os pais podem retirar novas atividades para que seus filhos continuem com o aprendizado em dia. São atividades didáticas e desenvolvidas para que em casa, os pais possam auxiliá-los", reitera.
Assim como Itupeva, em Cabreúva as aulas presenciais ficarão para o próximo ano. A decisão foi divulgada pelo prefeito Henrique Martin no dia 10 de setembro através de um decreto municipal. Jarinu também optou por manter o ensino a distância até o final do ano. Procurada, a prefeitura de Louveira não retornou até o fechamento desta edição.
Rede estadual
Na rede de ensino estadual, o plano da retomada opcional de aulas presenciais escalonadas também será mantido para o dia 7 de outubro em todo o estado de São Paulo. Para as escolas que atendem alunos do ensino fundamental, a data prevista de retorno foi alterada para o dia 3 de novembro. Além disso, tanto o calendário de retomada presencial como a realização de atividades de reforço nas escolas municipais, estaduais e privadas podem ou não ser autorizadas pelas prefeituras.
Particulares
As escolas particulares que desejarem retomar as atividades presenciais deverão entrar com um pedido junto ao governo do Estado. A aprovação ou não ficará sob juízo da Diretoria Regional de Ensino. O documento com os protocolos sanitários será providenciado pelas prefeituras municipais com base na Resolução SEDUC 61/2020.
Fonte - Jornal de Jundiaí
