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Campinas tem alta histórica de 11% nos preços de imóveis: maior valorização em 10 anos

Por Redação

Foto: Habitclass / Pixabay

Campinas vive um momento raro no mercado imobiliário.

Em 2024, os preços de venda subiram 11%, a maior variação desde o início da série do FipeZAP para a cidade, em 2014.

Para quem pensa em locação de casas ou compra de um imóvel, entender o que puxou essa valorização, e como isso se compara ao Brasil, ajuda a tomar decisões com mais segurança.

Para quem investe, a alta histórica sugere um ciclo de valorização que melhora perspectivas de retorno via aluguel e ganho de capital.

Já para famílias que buscam locação de casas, o cenário exige planejamento de orçamento e atenção às oportunidades de negociação em bairros com maior oferta.

Esse aquecimento não se limita a áreas premium: ele se espalha por eixos diversos, do entorno acadêmico aos bairros consolidados, exigindo análise criteriosa caso a caso.

O que os números mostram

Segundo a Habicamp, entidade local do setor, o preço médio do metro quadrado anunciado em Campinas passou de R$ 6.187 para R$ 6.888 ao longo de 2024, avanço de 11%, acima da inflação do período e da média nacional medida pelo FipeZAP.

É a maior alta em 10 anos na série da cidade.

No Brasil, o Índice FipeZAP de Venda Residencial fechou 2024 com alta acumulada de 7,73%, a maior desde 2013, mostrando um ciclo de apreciação disseminado, mas com Campinas correndo à frente.

Para 2025, os relatórios do Fipe/DataZAP apontam continuidade, porém mais moderada, das altas no agregado nacional (acúmulo de 2,89% até maio de 2025), sugerindo um ambiente ainda positivo, mas com ritmo menor do que em 2024.

Por que Campinas valorizou tanto?

Há fatores estruturais que explicam o desempenho acima da média:

●     Economia diversificada e polos de inovação: Campinas concentra universidades, centros de P&D, tecnologia e serviços avançados, o que sustenta demanda qualificada por moradia.


●     Ciclo recente de lançamentos: relatórios do Secovi-SP indicam que o interior paulista, incluindo Campinas e seu entorno, avançou em lançamentos em 2024, realocando oferta para mercados com procura firme.


●     Efeito “migração intraestadual” e infraestrutura: a combinação de localização estratégica no interior paulista e boa infraestrutura urbana atrai famílias e empresas, elevando a disposição a pagar por áreas consolidadas.

Vendas x aluguel: como a locação se comportou

Enquanto os preços de venda avançaram 11% em Campinas em 2024, o aluguel residencial no Brasil fechou o ano com alta de 13,5%, segundo o FipeZAP de Locação, uma desaceleração frente a 2022/2023, mas ainda acima da inflação.

Para o inquilino isso significa reajustes mais presentes no orçamento; para o investidor, melhora no rendimento médio.

Já em 2025, o índice de locação aponta perda de fôlego no ritmo de alta, com +0,51% em junho e +5,66% no primeiro semestre, sinalizando acomodação após dois anos muito fortes.

Mesmo assim, o patamar segue elevado historicamente.

Onde estão as oportunidades

Para quem compra para morar, a valorização recente sinaliza que localização, infraestrutura de bairro e mobilidade seguem como diferenciais.

Em ciclos de alta, imóveis prontos e bem localizados tendem a preservar valor com mais resiliência.

Para quem compra para investir, três pontos merecem atenção:

Vacância e prazo de locação: verifique tempo médio de fechamento de contratos e perfil de demanda (famílias, estudantes, profissionais de tecnologia).

Ticket e tipologia: unidades compactas próximo a eixos de serviço e transporte costumam ter giro mais rápido; casas e sobrados em bairros consolidados preservam valor patrimonial ao longo do tempo.

Rentabilidade líquida: com aluguel nacional ainda em patamar elevado e juros em trajetória de ajuste, o spread entre renda de aluguel e alternativas financeiras pode ficar mais competitivo em certos nichos.

O que acompanhar em 2025

●     Trajetória dos índices setoriais: o FipeZAP de venda vem apontando alta mais moderada em 2025; já o de locação mostra desaceleração, mas ainda positiva. Isso tende a reduzir pressões sobre acessibilidade, sem eliminar a atratividade para renda de aluguel.


●     Oferta de novos projetos: relatórios do Secovi para o interior paulista destacam o avanço de lançamentos em 2024; se a oferta acelerar em 2025, a pressão sobre preços pode diminuir em alguns segmentos.


●     Inflação e reajustes de contratos: IPCA segue como referência para muitos contratos; acompanhe o acumulado em 12 meses para calibrar negociações.

Como esse cenário impacta quem busca locação de casas

Para famílias que priorizam locação de casas, o cenário de 2024–2025 traz duas implicações práticas:

●     Orçamento: com a locação ainda acumulando alta relevante em 12 meses, é prudente planejar reajustes e comparar custos totais (aluguel, IPTU, manutenção).


●     Negociação: a desaceleração recente do índice em 2025 abre espaço para negociações de prazo, carência para melhorias e pequenos descontos em contratos novos, sobretudo onde a oferta cresceu mais com novos lançamentos.

Conclusão

Campinas registrou em 2024 a maior valorização imobiliária em uma década, com +11% no preço de venda, acima da inflação e do Brasil.

Em 2025, o ciclo não acabou, mas mostra moderação.

Para compradores, o recado é calibrar a expectativa de preço e priorizar ativos bem localizados.

Para investidores, o aluguel ainda sustenta boa rentabilidade, embora com ritmo mais contido.

E para quem busca um imóvel para alugar na região, planejamento e negociação ganham peso: a combinação de oferta em expansão e índices desacelerando pode gerar boas oportunidades, especialmente para contratos novos e imóveis com diferenciais claros.

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