Brasileiros querem mais: cresce o interesse por carteiras diversificadas no país
Entenda como estruturar uma carteira inteligente, combinando ativos diversos e geografias distintas para reduzir riscos, ampliar oportunidades e manter equilíbrio em qualquer cenário econômico

Foto: iStock/ Pollyana Ventura
A maioria dos investidores brasileiros demonstra interesse crescente em diversificar suas carteiras, é o que revela a pesquisa inédita “O Brasil que Investe”, conduzida pela B3 em parceria com a Bridge Research. O estudo comprova que seis dos nove perfis de investidores identificados pretendem ampliar seus portfólios com novos ativos.
O relatório ouviu 2.614 brasileiros com 18 anos ou mais, das classes A, B e C, com investimentos em renda fixa e variável, entre 13 de setembro e 25 de outubro de 2023, em todas as regiões do país.
Diversificar uma carteira de investimentos é um dos caminhos mais inteligentes para alcançar segurança financeira, equilibrar riscos e buscar retornos consistentes ao longo do tempo.
O que significa diversificar investimentos?
Resumidamente, é uma estratégia para distribuir o capital entre diferentes tipos de ativos, setores da economia e até mercados internacionais. A premissa é simples: não concentrar todos os recursos em um único lugar.
Imagine ter R$ 10 mil para investir, aplicar todo esse valor em ações de uma única empresa o expõe a um risco alto, uma oscilação negativa pode impactar diretamente o patrimônio. Isso torna a carteira mais resistente a perdas pontuais, já que ativos diferentes se comportam de formas distintas diante de eventos econômicos.
Por que a diversificação é importante?
· Redução de riscos: investimentos variados tendem a responder de formas diferentes aos mesmos eventos. Enquanto um ativo pode cair, outro pode se valorizar, compensando as perdas.
· Equilíbrio: mesmo em momentos de crise ou instabilidade econômica, uma carteira diversificada tende a manter maior estabilidade.
· Maior liquidez: com uma carteira variada, é viável ter acesso rápido a parte dos recursos sem precisar mexer em investimentos de longo prazo.
Como montar uma carteira diversificada?
Construir uma carteira diversificada envolve análise, planejamento e, principalmente, conhecimento do perfil de investidor.
1. Distribua entre diferentes classes de ativos: divida os recursos entre renda fixa (CDBs, Tesouro Direto), renda variável (ações, fundos imobiliários), ativos internacionais, criptos ativos ou investimentos alternativos, como commodities.
2. Varie dentro da mesma classe: mesmo dentro de uma classe, como a renda variável, diversifique entre diferentes setores da economia — como tecnologia, saúde, varejo — e entre empresas com diferentes perfis de risco. Na renda fixa, combine títulos com taxas e prazos variados, como pré-fixados, pós-fixados e indexados à inflação.
3. Considere a diversificação geográfica: investir somente no Brasil limita o portfólio. Expandir para mercados internacionais, como EUA e Europa, diminui a dependência da economia nacional e aumenta as oportunidades. Com a digitalização dos serviços financeiros, é possível acessar ativos globais com facilidade.
O papel da corretora de investimentos
Lembre-se: o apoio de uma corretora de investimentos é essencial. Ela oferece acesso a diferentes produtos financeiros, ferramentas para análise de perfil e recomendações personalizadas.
Além disso, uma boa corretora facilita o acesso a investimentos internacionais, permite simular diferentes cenários de alocação de ativos e ajuda no rebalanceamento da carteira de forma segura e eficiente.
Escolher uma corretora com boa reputação e suporte especializado é um passo decisivo rumo à independência financeira.