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Por Redação

Argentina é o principal destino das exportações de Itatiba em setembro

Por Redação

Foto: Govesp

A balança comercial de Itatiba encerrou setembro de 2025 com saldo positivo, impulsionada pelo bom desempenho das exportações industriais para a América do Sul. No entanto, o município foi também um dos que mais sentiu o impacto da tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, com queda de 89,7% nas exportações para aquele país.

Segundo dados do ComexStat, plataforma do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), as vendas de Itatiba ao mercado norte-americano caíram de US$ 3,99 milhões em setembro de 2024 para US$ 409,5 mil no mesmo mês deste ano. O resultado foi reflexo direto do chamado tarifaço anunciado pelo presidente norte-americano Donald Trump, que entrou em vigor em julho e afetou principalmente o setor de bens de capital e metalmecânicos.

“Alguns clientes americanos perderam o interesse em negociar conosco devido ao aumento do custo”, explicou o empresário Atílio Santos, diretor de uma fabricante de peças para máquinas agrícolas e tratores sediada em Itatiba. “Como são produtos sob medida, fica inviável redirecionar a produção para outros mercados.”

Argentina lidera

Mesmo com a retração no comércio com os EUA, Itatiba manteve perfil fortemente exportador para países da América do Sul. A Argentina respondeu por 39,2% das exportações, seguida por México (14,5%), Chile (9,2%), Colômbia (6,6%) e Indonésia (4,8%). No ranking regional, também se destacam Paraguai (3,7%), Peru (3,3%), Bolívia (2,9%) e Alemanha (2,0%).

Os produtos com melhor desempenho foram cabos de fibra óptica (12,5%), bombas e compressores de ar (9,3%), cosméticos e produtos de higiene (8,7%), silicones e polímeros industriais (5%) e instrumentos de medição de vazão (6,1%) — segmentos que representam o núcleo tecnológico da indústria itatibense.

Importações

Do lado das importações, a China ampliou sua liderança, sendo responsável por 33,3% dos produtos adquiridos por Itatiba, seguida por Alemanha (12,8%), Estados Unidos (9,5%), Paraguai (6,3%), França (4,5%), México (4,1%), Itália (4,0%) e Suíça (3,2%).

Reflexos regionais

O efeito da medida norte-americana foi sentido em toda a RMC. As exportações da região para os Estados Unidos caíram 14,4% nos meses de agosto e setembro, somando US$ 129,6 milhões contra US$ 151,4 milhões no mesmo período de 2024.

Além de Itatiba, cidades como Paulínia (-84,9%), Cosmópolis (-79,1%), Valinhos (-53,2%) e Jaguariúna (-52,0%) registraram fortes quedas. Já municípios como Vinhedo (+189,7%), Pedreira (+68,6%) e Holambra (+81,5%) conseguiram expandir as vendas para aquele mercado;

Após semanas de tensão, os presidentes Donald Trump e Luiz Inácio Lula da Silva tiveram uma primeira conversa por telefone no início de outubro, sinalizando abertura para negociações tarifárias. Embora ainda sem bases divulgadas, o gesto foi interpretado por empresários como um sinal de retomada gradual das relações comerciais.

Principais parceiros comerciais de Itatiba (set/2025)

Exportações:
1️ Argentina – 39,2%
2️ México – 14,5%
3️ Chile – 9,2%
4️ Colômbia – 6,6%
5️ Indonésia – 4,8%

Importações:
1️ China – 33,3%
2️ Alemanha – 12,8%
3️ Estados Unidos – 9,5%
4️ Paraguai – 6,3%
5️ França – 4,5%

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