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Por Luana

Ansiedade em excesso pode afetar qualidade de vida, alerta psicóloga

Stella Calvi Franco Penteado, em entrevista ao JI, disse que a ansiedade é uma reação normal do nosso organismo, que acontece quando enfrentamos situações desafiadoras

Por Luana

Foto: JI/Lucas Selvati

Da Redação

Com a pandemia de coronavírus e a questão do isolamento social, muitas pessoas ficam ansiosas em relação ao momento, diante da mudança de rotina e do sentimento de incerteza, que causa medo, angústias e preocupações.

Esta situação é delicada, principalmente em relação aos idosos, que podem se sentir solitários pois não estão acostumados a utilizar as redes sociais para a interação e agora precisam lidar com o distanciamento social.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os transtornos mentais aumentam a cada dia mais, sendo que a prevalência mundial do transtorno de ansiedade é de 3,6%, e, no Brasil, 9,3% da população sofre deste mal, um dos países mais ansiosos do mundo.

Segundo a psicóloga clínica Stella Calvi Franco Penteado, em entrevista ao JI, a ansiedade é uma reação normal do nosso organismo, que acontece quando enfrentamos situações desafiadoras, como por exemplo o nascimento de um filho, uma reunião importante, uma viagem, um casamento, entre outras situações.

 Apesar de este ser um mecanismo de sobrevivência, se ela for excessiva pode interferir negativamente na qualidade de vida e no desempenho familiar, profissional e social, se transformando em um transtorno, causador de medo, irritação, preocupações extremas e gerando sofrimento. Neste caso, o recomendado é buscar ajuda de um profissional de psicologia.

Sintomas e variações

“Os sintomas psicológicos e físicos mais frequentes são: tensão ou nervosismo; sensação de que algo ruim vai acontecer; dificuldades de concentração e de sono; medo constante, preocupação exagerada, descontrole sobre os pensamentos, irritação e agitação; aperto no peito; taquicardia; respiração ofegante, sudorese, tremores, fraqueza, boca seca, dor de barriga, náusea e tensão muscular. Também aparecem pensamentos como ‘vou enlouquecer’, ‘não vou dar conta’ ou ‘vou morrer’”, explicou a especialista.

Os tipos de transtorno de ansiedade evoluem de formas diversas e apresentam características específicas. Alguns mais frequentes são a síndrome do pânico, estresse pós-traumático, transtorno obsessivo-compulsivo, fobia específica, fobia social e distúrbio de ansiedade generalizada.

Ajuda

Segundo Stella, quando a crise de ansiedade está acontecendo, o recomendado é tentar manter a calma. É importante procurar um local tranquilo e fresco, sentar-se, focar na respiração, relaxar os músculos, desviar a atenção dos sintomas, se distrair (contando até dez, cantando, fazendo listas, imaginado um lugar tranquilo e seguro) e pensar positivo até que ela passe.

Quando alguém próximo de você tem uma crise, o ideal é se aproximar com calma, mostrando que está ali com a pessoa e evitando atitudes abruptas, ajudando com a respiração e distração, além de atender seus pedidos (por exemplo, pegar um copo d’água). Também é importante conversar com calma com a pessoa após a crise passar.

Dicas para lidar com a ansiedade durante a pandemia

O tratamento recomendado para os transtornos de ansiedade é a psicoterapia, muitas vezes, atrelada ao uso de medicamentos prescritos pelo psiquiatra, porém há algumas dicas para as pessoas lidarem com a ansiedade durante a pandemia do coronavírus, dadas pela psicóloga Stella Calvi Franco Penteado.

“É importante que as pessoas ansiosas, diante desta nova situação que o mundo está vivendo, tentem manter a calma, não se cobrem tanto, focando no que elas podem realmente controlar, pensem positivo e vivam um dia de cada vez, sempre lembrando que é normal ter altos e baixos”. Algumas dicas para lidar com a ansiedade são:

- Manter uma rotina possível;

- Ficar próximo (virtualmente) de pessoas queridas;

- Praticar a empatia e a solidariedade;

- Criar novos hábitos;

- Praticar exercícios físicos e o autocuidado;

- Alimentar-se de forma saudável;

- Cuidar do sono;

- Tomar sol;

- Realizar atividades prazerosas (ler, meditar, escrever, cozinhar, assistir series e filmes, organizar a casa, planejar algo, etc.);

- Evitar ver notícias o tempo todo e, se ver, que sejam sempre de fontes confiáveis;

- Buscar ajuda profissional de psicólogos e psiquiatras (por enquanto de forma online) quando necessário.

 

 

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