Agosto de 2025 foi um dos meses mais secos dos últimos anos
Foto: Carlos Bassan
Itatiba enfrentou em agosto de 2025 um dos períodos mais críticos de estiagem de sua história recente. De acordo com dados da Casa da Agricultura/IAC, choveu apenas 9,8 milímetros no município durante todo o mês. O índice é um dos menores registrados nos últimos 25 anos para o mês de agosto e coloca 2025 ao lado de anos como 2004, 2007, 2010 e 2012, quando não houve registros de chuva em agosto.
A média histórica de precipitação para o mês é de 35,4 milímetros, o que significa que Itatiba recebeu menos de um terço do esperado. Nos últimos cinco anos, por exemplo, os acumulados variaram entre 20,6 mm (2021) e 59,3 mm (2020), sempre acima do observado agora.
Clima seco e ar rarefeito
O mês foi marcado por grande amplitude térmica: mínima de 6 °C no dia 1º e máxima de 32 °C no dia 23. A umidade relativa do ar chegou a apenas 20,3% no dia 24, índice considerado crítico pela Defesa Civil, com impacto direto na saúde da população, especialmente de crianças e idosos, e aumentando o risco de incêndios em áreas de vegetação.
As poucas chuvas registradas nos dias 27 (3,6 mm), 28 (0,3 mm) e 30 (5,6 mm) não foram suficientes para amenizar a estiagem. Agricultores locais relataram dificuldades no manejo de culturas, exigindo irrigação extra em plantações mais sensíveis.
Setembro
O Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Defesa Civil do Estado prevê que setembro será de transição entre o inverno e a primavera. Para a região de Campinas, incluindo Itatiba, a expectativa é de muito calor e baixa umidade na primeira quinzena e retorno gradual das chuvas somente no fim do mês.
A Defesa Civil de Itatiba reforça a importância de medidas preventivas: hidratar-se constantemente, evitar queimadas e redobrar cuidados com crianças e idosos. No campo, os produtores devem planejar o uso racional da água até a regularização do regime de chuvas, prevista apenas para outubro.
“Agosto foi um mês historicamente seco em Itatiba. Setembro deve repetir o padrão de tempo firme na primeira quinzena, com expectativa de melhora apenas no fim do mês”, destacou a equipe técnica da Casa da Agricultura.
