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Por Thomas

Um dia no deserto

Por Thomas

Por GB Edições

O dia amanhece no deserto. Os ventos da noite mudaram a areia de lugar dando origem a novas dunas, mas para Roger tudo é muito familiar. Ele é um dos cinco camelos encarregados de acompanhar e alegrar o grupo de turistas que vieram para conhecer e sentir o gosto da vida no deserto.
Os organizadores do passeio pensaram em tudo e não faltam água ou alimentos, mas sem deixar de lado as tendas e os cobiçados tapetes; todos foram tratados como verdadeiros sheiks. Para entender, Sheik é o título que têm os monarcas árabes.
A manhã estava clara, iluminada pelo sol e a animação era geral. Apesar do calor, todos pareciam dispostos a continuar a caminhada, uma vez que estavam bem pertinho de um oásis, aqueles lugares maravilhosos, cheio de plantas, que geralmente existem na paisagem da areia quente.
Roger foi juntar-se aos demais do seu bando porque começariam os momentos de fama e glória. Todos sem exceção queriam tirar fotos com os camelos, sendo que alguns tinham a coragem de subir em suas costas. Roger era o único do grupo que tinha paciência com isso, os demais não se importavam em posar, mas nada de subirem em suas corcovas. E quando isso acontecia, cuspiam sem dó em quem tentasse escalar. Se a cusparada não intimidasse, os camelos partiam para as mordidas.
Depois de muitas poses e cliques fotográficos, chegou a hora da partida. O guia da excursão com seu apito reuniu o grupo e todos com mochilas nas costas carregavam seus pertences. As tendas e os tapetes foram cuidadosamente armazenados na carroceria de uma poderosa caminhonete que saiu na frente a fim de organizar a recepção no oásis.
Por dentro de sua cabeça de camelo, Roger lembrou com nostalgia das histórias que seus avós lhe contavam sobre as caravanas no deserto e a importância de sua raça na sobrevivência dos povos do deserto, mas também se sentia feliz com a sua atual vida.

VOCÊ SABIA?

Os camelos possuem um par de dedos de apoio em cada pata que são bem mais largas do que as de outros animais a fim de ajudarem a locomoverem na areia do deserto. Existem duas espécies de camelos, o dromedário, que tem uma corcova, e o camelo bactrino que possui duas corcovas; ambos nativos de áreas desérticas. Eles são facilmente domesticados e além de serem animais de transporte e tração, também fornecem carne e leite. Apesar de se adaptarem à vida junto ao Homem, costumam cuspir e até morder quando se sentem ameaçados.
A expectativa de vida destes animais é de 40 a 50 anos e quando adulto chega a medir 1,85 metros de altura e mais de 2 metros de comprimento, sendo que alcançam até 65 km/h.
Alimenta-se de plantas e ao longo da história tem acompanhado a vida do povo nos desertos, pois não necessitam beber água como os demais animais. Ao contrário do que dizem, eles não armazenam água em suas corcovas, estas na verdade são depósito de tecido gorduroso que através de um complexo metabolismo é transformado em energia que alimenta o camelo. É por causa também deste metabolismo especial que o camelo e o dromedário resistem tanto tempo sem beber água, mas quando o faz ingere mais de duzentos litros de uma só vez. A gestação da fêmea dura mais de um ano e nasce somente um filhote cada vez.
O dromedário foi extinto na natureza. Atualmente, a espécie sobrevive domesticada, sendo que nas zonas áridas da Austrália ainda restam alguns que vivem de maneira selvagem.

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