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Por Roberto

Renato Deodato disputa os 800 m e faz campanha para a doação de órgãos

O corredor paulistano foi um dos destaques da primeira etapa da Taça Brasil Máster Loterias Caixa de Atletismo; ele fez dois transplantes de medula óssea - em 1994 e 1999 - em virtude de câncer no sangue, a leucemia mieloide crônica

Por Roberto

Foto: Carol Coelho/CBAT

O paulistano Renato Couto Deodato, de 57 anos, foi um dos destaques da etapa de abertura da II Taça Brasil Máster Loterias Caixa de Atletismo, que começou a ser disputada na manhã deste sábado (5/11), no Centro Nacional de Desenvolvimento do Atletismo, em Bragança Paulista (SP), com entrada gratuita para o público e transmissão ao vivo pelo YouTube da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt).

Renato coleciona medalhas e segue uma rotina puxada de treinamentos, mais em nome de uma causa do que na busca por vitórias. Ele defende a Liga de Atleta Transplantados, que busca conscientizar as pessoas da importância da doação de órgãos.

Ex-funcionário de uma empresa química, ele desenvolveu um método particular de treinamento, após se recuperar dois transplantes de medula óssea – o primeiro em 1994 e o segundo em 1999. Em 1994, ele teve diagnóstico de leucemia mieloide crônica, um tipo raro de câncer no sangue. Após os transplantes virou corredor e nadador.

“Comecei no esporte porque me sentia bem após fazer uma caminhada, por exemplo. Conversei com os meus médicos e eles autorizaram a realização de exercícios físicos. Depois decidi encampanar a campanha de incentivo aos transplantes”, disse o corredor, que fez cirurgias no Hospital São Paulo, da Unifesp.

“Foram momentos muitos difíceis, após receber a notícia da doença e o seu reaparecimento. Nas duas vezes, o caçula de seis irmãos, Edson, foi o doador, era o único compatível”, contou. “Na primeira vez, eu fui o quarto paciente da fila de transplante. Você não tinha muitas referências. Eu me lembro que o primeiro transplantado tinha falecido. O segundo estava mal. O terceiro era uma menina que ainda não tinha resultados. Aí vinha eu”, disse Renato.

Na preparação para disputa a sétima São Silvestre da carreira, ele correu uma das séries dos 800 m, na categoria 55+. “Tive de ir devagar, porque meu forte é a corrida de rua”, comentou o atleta, que completou a distância em 3:37.47. “Tive de me segurar para não deixar de concluir a prova.”

Com a participação de cerca de 450 atletas com mais de 30 anos (pré-máster) e de 35 anos (máster). A competição, que termina neste domingo (6/11), tem entrada gratuita para o público. A organização do evento sugere a doação de alimentos não perecíveis que serão doados para entidades assistenciais de Bragança Paulista. O Centro Nacional Loterias Caixa de Desenvolvimento do Atletismo fica na Rodovia Alkindar Monteiro, km 50,5 – SP 063 – Bairro do Campo Novo.

Campeões - A atleta olímpica Conceição Geremias venceu as provas do salto em altura e no arremesso do peso na categoria 60+. Foram as duas primeiras das três provas que a ganhadora da medalha de ouro no heptatlo nos Jogos Pan-Americanos de Caracas-1983 disputará na competição. “Estou com uma lesão no pé direito e não dá para correr. Por isso, é meu primeiro evento do ano”, disse Conceição, de 66 anos, que se contundiu numa partida de vôlei da terceira idade. “Meu condicionamento físico atual é em função ao vôlei. No ano que vem pretendo me preparar melhor e competir mais vezes”, completou a atleta, que disputará ainda o lançamento do dardo

Conceição, que venceu o altura, com 1,25 m e o peso, com 9,62 m, compete pela Associação Cultural e Esportiva Campeã (Acecamp), da qual é presidente. A entidade apoia o trabalho social na iniciação esportiva para crianças carentes no Estado de São Paulo. Ela participa de competições máster desde 1993, quando deixou a carreira no alto rendimento.

No arremesso do peso, ela teve a companhia de Rita de Cássia Geremias Dias, sua irmã, na categoria 60+. Ela venceu com a marca de 9,00 m.

No salto com vara, Henrique Martins e Jonas Rinaldelli, do Pinheiros, participaram da categoria 40+. Henrique venceu com 4,40 m, mesmo com uma contusão muscular, e Jonas, seu atleta, que unca havia feito atletismo, saltou 2,40 m e ficou em terceiro lugar.

O ex-decatleta Renato Átila participou do lançamento do disco. “Tive de parar de competir em 2016 por causa de várias lesões. Eu passava mais tempo na fisioterapia do que nos treinos mesmo”, disse Renato, de 37 anos, que trabalha como treinador de atletas na Asufam, de Guarulhos, e no Centro de Excelência de São Bernardo do Campo. “Hoje em dia nem treino mais. Faço apenas musculação e vim brincar um pouquinho”, afirmou Renato, que disputará o arremesso do peso.

Já Luís Alberto Alves Soares ganhou a primeira medalha da competição ao vencer a prova dos 10.000 m 60+, que abriu o programa-horário, com o tempo de 38:28:36. Representante da Equipe Dinossauro, da Zona Leste de São Paulo, ele é um corredor bastante ativo. Ele ganhou a sua categoria na Maratona de Porto Alegre, em junho, com 2:52:31. “Adoro correr e treino todos os dias”, disse o atleta de 60 anos, aposentado. “Agora vou me preparar para a São Silvestre”, garantiu, referindo-se à tradicional corrida do último dia do ano.

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