Projeto Letramento em Programação celebra 10 anos com legado em Itatiba

Foto: Paulo Akio / PMI
O ano de 2025 marca os 10 anos do projeto Letramento em Programação, uma iniciativa que nasceu em Itatiba e transformou a forma de ensinar e aprender programação nas escolas públicas. A ação é realizada em parceria com o Instituto Ayrton Senna e conta com o apoio da Universidade São Francisco (USF), por meio dos laboratórios de informática da instituição.
Ao longo de uma década, o projeto impactou diretamente cerca de sete mil alunos, promovendo a alfabetização digital e o desenvolvimento do pensamento lógico por meio da linguagem da programação. A metodologia também aposta na formação de professores e no envolvimento de gestores escolares, criando um ambiente colaborativo de inovação pedagógica.
“Até me emociono quando falo do projeto. Se Ayrton Senna estivesse vivo, diria que a semente que ele plantou foi em terreno fértil! Itatiba é o berço desse projeto, que virou referência e já chegou a diversas localidades do Brasil”, destacou o coordenador do projeto, Wagner Torso.
O Letramento em Programação tem como diferencial o uso da programação não apenas como ferramenta técnica, mas como forma de desenvolver habilidades cognitivas e sociais nos alunos. Em Itatiba, a cidade que acolheu o projeto desde o início, a experiência serve de modelo para outras redes de ensino interessadas em aplicar a proposta.
Celular x Distração
Durante o evento em comemoração aos 10 anos do projeto, foi realizada a palestra “Emotional Driving – O comportamento no trânsito e as distrações”, ministrada por Orivan Cassio Mattiuzzo, que abordou os riscos do uso do celular ao volante.
Segundo dados do Estudo Emotional Driving, apresentado na ocasião, 83% dos motoristas admitem desviar a atenção com o celular, principalmente para ler ou responder mensagens. Mesmo conscientes dos perigos, oito em cada dez condutores mantêm esse hábito, confiando excessivamente em sua capacidade de controle.
Um dos dados mais preocupantes indica que, ao checar o celular por apenas 6 segundos a 50 km/h, o motorista percorre cerca de 83 metros sem atenção, o que equivale à extensão de um quarteirão urbano.
Além do celular, outras causas de distração apontadas no estudo incluem cansaço, condução agressiva de terceiros, e comer ou beber ao volante. A pesquisa foi encomendada pela empresa Marangoni, especializada em segurança viária.
Ao encerrar sua apresentação, Orivan destacou um comportamento revelador: 70% dos entrevistados disseram já ter diminuído a velocidade ao lembrar de alguém especial. A mensagem final reforçou o apelo à consciência: “Desacelere. Seu bem maior é a vida.”