Portal Crematório inicia atividades em Itatiba
De acordo com o proprietário, Luiz Eduardo Penazzi, até o momento, foram realizadas duas cremações
Da Redação
O Portal Crematório Itatiba, localizado no Bairro do Pinhal – na marginal da Rodovia Engenheiro Constâncio Cintra – km 80,6, sentido Itatiba -, iniciou as atividades no município no começo deste mês. De acordo com o proprietário, Luiz Eduardo Penazzi, em entrevista ao JI, até o momento, foram realizadas duas cremações.
Penazzi afirmou que foram quase dois anos de trabalho até atingir o ideal para executar serviços com equipamentos de última geração - no caso específico da cremação -, e oferecer ambiente confortável, diferenciado e, ao mesmo tempo, acolhedor para aquelas famílias que desejam prestar sua última homenagem ao ente querido. “Neste ponto particular, o do ambiente diferenciado, convido a quem aprecia arte em vidros a vir nos fazer uma visita e conhecer a sala que reservamos para o velório, na qual instalamos duas peças de vitrais realizados na técnica clássica italiana com pinturas à mão e vidros coloridos unidos por filetes de chumbo”, comenta o proprietário.
Sobre o processo
Penazzi explicou que o processo de cremação pode parecer algo moderno, porém sua história data de cerca de três mil anos, praticada principalmente nos países orientais, onde a técnica era consagrada e tinha função purificadora, eliminando defeitos da pessoa e purificando a alma. “Aqui em São Paulo, na capital, a atividade teve início em 1974 e o aumento da demanda é crescente ano a ano”, disse Luiz Eduardo.
Ele informou, ainda, que a máquina instalada no Portal é o que existe de mais moderno no mercado para este tipo de trabalho, “possui controle remoto por ipad, tem telemetria e pode sofrer adequações em seu software de gerenciamento diretamente dos computadores do fabricante e, obedecendo à legislação brasileira, tem monitoramento de emissões 24 horas por dia, com ou sem operação”, acrescentou o proprietário do Portal.
Questionado sobre vantagens, Penazzi disse que, “no processo de cremação, não existe decomposição e possível agressão ao meio ambiente, pois somente são liberados para a atmosfera, e em mínimas medidas, gás carbônico e água. A composição básica das cinzas é cálcio e potássio, de forma que se trata de opção pela sustentabilidade”.
Outro fator citado por Penazzi foi economia. “Na realidade, é mito a conversa de que o processo de cremação é caro, especialmente se levarmos em conta os custos para a compra de um jazigo e as taxas envolvidas para a manutenção. A cremação sai por menos de R$ 2.800,00”. “O crescimento populacional acabará inviabilizando o sepultamento tradicional até mesmo por falta de espaço; já o procedimento da cremação pode ser mais prático, muitas vezes dispensando o funeral, o que pode reduzir as preocupações da família”, finalizou.
Cremação - Passo a Passo
- O forno crematório é acionado e deve ser pré-aquecido de modo que sua câmara primária, aquela em que de fato ocorre a cremação, atinja cerca de 700 graus - o que demora cerca de 50 minutos.
- Com a unidade na temperatura estipulada, o equipamento permite que o operador abra a comporta e insira a urna funerária no interior da câmara; a comporta se fecha e o processo tem início automaticamente. As cremações são sempre individuais e sempre ocorrem na urna adquirida pela família junto à empresa funerária contratada, são retirados apenas as alças e vidro, não é permitida ou possível a cremação coletiva de seres humanos e também não existe a possibilidade de mistura de cinzas de diferentes indivíduos.
- O processo ocorre quase que inteiramente na câmara primária a temperaturas médias de 800 graus. A câmara secundária existe para proporcionar um tipo de requeima dos gases e pode atingir 1.300 graus; a finalidade é eliminar quaisquer partículas que eventualmente possam ter passado pela primeira câmara.
- Após cerca de duas horas, a operação está finalizada. A comporta se abre e as cinzas são recolhidas em uma gaveta apropriada, na qual repousam até atingir a temperatura ambiente.
- As cinzas são colocadas em um dispositivo chamado homogeneizador e entregues em embalagem escolhida pela família.
