Pinguim, a ave que gosta do frio
Por GB Edições
Eles são os astros da animação “Os Pinguins de Madagascar” e têm fãs no mundo inteiro. As aventuras do Capitão, Mort, Kowaslky e Recruta fazem sucesso, sem contar que o Rei Julien e Maurice, dois lêmures, completam a atrapalhada e divertida trupe.
Os ilustres pinguins do desenho animado moram num zoológico em Nova Iorque, mas na realidade a ave tem seu habitat natural bem longe desta grande metrópole.
O pinguim é uma ave e habita o Hemisfério Sul, principalmente a Antárctica e ilhas próximas à Terra do Fogo que fica na extremidade sul da América do Sul, Ilhas Malvinas e África do Sul. O seu habitat natural são as regiões polares, existem algumas espécies que vivem nos trópicos, é o chamado pinguim-das-galápagos.
Os pinguins são aves da família Spheniscidade e são completamente adaptados para a vida perto do mar. Eles têm as asas atrofiadas e por isso não são capazes de voar, no entanto as tais asinhas são ágeis na água por isso os pinguins são considerados exímios nadadores, podendo alcançar 45 quilômetros por hora. As penas são impermeabilizadas por uma espécie de óleo que é secretado pela pele e assim pode movimentar-se confortavelmente na água gelada permanecendo com o corpo quente. Além disso, o pinguim é capaz de controlar o fluxo de sangue nas extremidades do seu corpo e frequentemente se agrupam bem juntinhos uns aos outros a fim de conservar o calor e fazem uma rotação de posições, assim todos se aquecem por igual. Bichinhos inteligentes e com grande senso de trabalho em grupo e solidariedade.
A sua alimentação consiste principalmente de pequenos peixes, krill (uma espécie de camarão), plâncton e moluscos. Plâncton são conjuntos de animais e vegetais que se reproduzem e vivem na água e servem como alimentos para espécies maiores. O organismo do pinguim possui a capacidade de filtrar a água salgada que ele ingere eliminando o excesso de sal pelas passagens nasais.
Algumas espécies de pinguins se unem em casais para a vida toda enquanto que em outras, os casais se formam e ficam juntos apenas no período de reprodução. No entanto, de qualquer maneira, macho e fêmea cooperam nos cuidados com os ovos e com os filhotes. Essa é uma característica bastante interessante na espécie.
Os ninhos podem ser pequenos buracos no solo, ou construído de pedras e ainda uma dobra de pele que o pinguim tem em sua barriga e a usa para cobrir o ovo. Geralmente é o macho quem cuida do único ovo e o mantém constantemente quente; o período de incubação dura cerca de dois meses sendo que nesta fase macho e fêmea permanecem praticamente em jejum. Quando o filhote nasce, a fêmea vai para o mar para buscar o alimento para a família. Quando ela volta, é a vez o macho sair para o mar. Este ritual se repetirá até que o filhote adquirir penugem suficiente para protegê-lo do frio e assim ele caçar sozinho a sua comida.
O pinguim tem como predador natural as focas, as baleias e tubarões.
Quanto à existência de pinguins em zoos, na Fundação Parque Zoológico de São Paulo vivem alguns pinguins que foram resgatados na costa brasileira depois que se perderam de seu grupo. O ambiente é cuidadosamente mantido através de refrigeração que garante a temperatura ideal para a sua sobrevivência. Cabe lembrar que o pinguim é ave migratória e quando se perde de seu grupo é muito difícil reintegrá-lo; quando o pinguim se vê desligado do seu bando, ele adoece e se resgatado a tempo pode sobreviver. Sabe-se de pinguins que vivem atualmente nos zoológicos de Bauru, interior de São Paulo; de Gramado, no Rio Grande do Sul; e no Rio de Janeiro.
