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Por Thomas

Para enfrentar a quarentena, muitas pessoas têm aderido ao hobby do ferreomodelismo

Em virtude da pandemia, venda de trens elétricos em miniatura teve aumento de 15%, pois este é um hobby que ajuda a distrair a mente

Por Thomas

Em época de quarentena, enquanto algumas pessoas trabalham em esquema home office, uma boa parcela da população fica impossibilitada de atuar desta forma em razão da própria essência profissional. E para aproveitar o tempo ocioso neste período, muitos têm aderido a atividades prazerosas e reativado antigos hobbies, como o ferreomodelismo. O trem elétrico é uma excelente opção para quem está na quarentena, procurando algo para entreter a mente e passar o tempo. É um hobby saudável, desestressa e ajuda neste momento tão delicado pelo qual todos estão passando.

A pandemia do coronavírus, que obrigou o fechamento da imensa maioria do comércio em todo o país, acabou registrando alta nas vendas em alguns segmentos, principalmente, claro, de supermercados e farmácias. Mas outros setores não essenciais também tiveram aumento, e um deles é o de trens elétricos em miniaturas. De acordo com Lucas Frateschi, diretor da Frateschi Trens Elétricos, empresa com sede em Ribeirão Preto, no interior paulista, houve um crescimento de 15% nas vendas neste período. “Como muitas pessoas vivem sozinhas, ou têm passado mais tempo em casa com a família, aproveitam para praticar algum hobby para distrair a mente, e o ferreomodelismo é um deles, pois se torna uma terapia alternativa em época de isolamento”, diz. “As pessoas pensam que o transporte ferroviário morreu, mas ele está vivo e em expansão. A ferrovia é de valor estratégico imprescindível para um país como o Brasil, e este crescimento ajuda a fomentar ainda a mais a paixão que muitos brasileiros têm pelos trens, sendo que muitos passam o hobby do ferreomodelismo para as futuras gerações”, conclui Frateschi.

Muitas pessoas têm se interessado pelos trens elétricos em miniatura, seja por pura diversão, hobby ou mesmo para preservar a memória ferroviária do país. Em Campinas, o professor Fábio Husemann Menezes, 57 anos, sempre gostou do ferreomodelismo, mas está aproveitando a quarentena para mexer mais em sua coleção. “Gosto de trens desde os 7 anos e neste período quero avançar um pouco na construção de minha maquete para rodar as locomotivas e vagões que, somados, devem chegar em 100 peças. Tenho mexido na maquete duas vezes por semana, de duas a três horas em cada dia”, conta. “Quando criança, meu pai foi à França fazer um estágio, e fui junto. Lá, encantei-me por um trem elétrico e ao regressar ao Brasil comecei a brincar. Na adolescência, conheci um grupo de ferreomodelistas e iniciei minha coleção”. Já o enfermeiro Vágner Edson Pereira, 42 anos, aproveitou a quarentena para comprar um kit básico com uma locomotiva e três vagões para seu filho Artur, de 6 anos. “Ele é fã de trens, e vamos aproveitar este período para brincarmos um pouco deste hobby”, afirma.

Em Ribeirão Preto, o funcionário público Carlos Roberto Mendes, 67 anos, reativou este hobby em virtude da pandemia. “Herdei esta paixão de meus pais, quando eu era criança, pois viajávamos muito de trem. Tenho uma rotina muito boa com o ferreomodelismo, mas agora, com esta quarentena, o reativei com mais afinco”, comenta Mendes, que possui uma locomotiva e cinco vagões e sempre monta sua via férrea para poder rodar os trens. “Quero passar este hobby aos meus netos, pois realmente ele é muito fascinante”, conclui.

Já em Bauru, o estudante Pedro Augusto Valério, 17 anos, aderiu a este hobby em virtude da pandemia. “Comecei neste mês, quando comprei uma locomotiva e três vagões, e já estou montando minha maquete, que pretendo deixá-la em um estágio bem avançado durante a quarentena”, comenta Valério, que é apaixonado por trens desde criança. “Acredito que desde os três anos gosto deles, pois aqui na cidade ainda tem uma ferrovia”, completa o estudante, que mexe em sua coleção diariamente.

Origem

O ferreomodelismo é um dos hobbies mais antigos do mundo. Por ser uma atração indoor, não está sujeita a intempéries, tem ganhado adeptos pelo Brasil e se popularizado entre os amantes de trens. Sua origem remonta ao período em que o transporte ferroviário foi adotado massivamente. As primeiras miniaturas de trens foram fabricadas por volta de 1830, por artesãos alemães. De lá para cá, muita coisa mudou, principalmente no Brasil, onde o transporte de passageiros pelas ferrovias deixou de acontecer, com exceção dos passeios turísticos. Mesmo assim, a paixão de algumas pessoas por este hobby se intensificou.

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