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Por Thomas

Os Rouxinóis de Itatiba no Centenário de Neruda

Por Thomas

“Os Rouxinóis” foi um grupo musical de Itatiba formado por músicos e intérpretes reunidos para uma única apresentação, mas que foi em grande estilo: O encerramento das comemorações em homenagem ao centenário de nascimento do poeta chileno Pablo Neruda, que aconteceu no noite de 17 de setembro de 2004, no Auditório Simón Bolívar, no Memorial da América Latina, na capital paulista.

A semana de eventos em homenagem ao bardo chileno teve a curadoria do também poeta Thiago de Mello, que conviveu intimamente com Neruda por vários anos, no Chile. O convite para a participação dos artistas itatibenses partiu do próprio Thiago, que frequentemente passava temporadas na “cidade das doces colinas”, como carinhosamente tratava Itatiba.

Era uma trupe de respeito: Rogério Scavone, Paulo Degani, Edson De Antoni, Ocimar Rabechi, Magno Borella, Paula Cury, Luciana Consoline, André Bartholomeu, Valdir do Cavaco, Britto, Japão, Bosco, Cid Camargo e Rafael.

Acostumados com um repertório basicamente de música popular brasileira, o grupo teve que ensaiar muito, e em pouco tempo, para atender a determinação de Thiago de Mello: interpretar canções tradicionais do folclore chileno.
A primeira e mais difícil era a “Tonada de Manuel Rodriguez” letra de Pablo Neruda, sobre o revolucionário chileno que lutou pela independência. Poesia que, depois, recebeu a música do compositor Vicente Bianchi Alarcón.

Em seguida vinha “Chile lindo”, tonada exaltação de Clara Solovera.

E finalmente “Gracias a la vida”, uma canção popular folclórica, composta e originalmente gravada pela cantora chilena Violeta Parra, seguida posteriormente por interpretações magistrais nas vozes da argentina, Mercedes Sosa e da nossa inesquecível “Pimentinha”, Elis Regina.

Na véspera do evento o clima era tenso. Os poucos ensaios realizados até então não reuniam todos os integrantes do grupo. No último ensaio antes da apresentação, ainda não estávamos satisfeitos com o resultado. E a tensão aumentou quando Thiago apareceu, de surpresa, para acompanhar os trabalhos.
Num certo momento sugeri que mudássemos o tom de uma das tonadas para tentar conciliar melhor as vozes. O poeta amazonense levantou-se e decretou: “Ninguém muda mais nada. Não está bom, mas sigam assim. Não temos mais tempo. A apresentação é amanhã.” A bronca refletia a ansiedade de todos diante da enorme responsabilidade assumida e a incerteza dos resultados.

Já no Memorial, ao passar o som, senti que o grupo estava mais confiante.

Certamente contamos com a ajuda dos deuses da música, da padroeira Santa Cecília e com a grande experiência da maior parte dos artistas que compunham “Os Rouxinóis”.

A apresentação foi impecável. Os aplausos confirmavam o reconhecimento do público.Recebemos largos elogios da consulesa chilena que prestigiava o evento e foi até o palco nos cumprimentar. Até mesmo Thiago de Mello, que, desconfiado, acompanhava tudo da plateia, se juntou aos seus pupilos, no palco, para a última canção. Uma festa inesquecível!

Rogério Scavone é jornalista.
Email: scavonerogerio@gmail.com

Fonte de informações: Acervo do autor

Fotos: Acervo Foto Parodi - Regina Parisotto

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“Os Rouxinóis” em sua primeira e única apresentação em homenagem ao Centenário de Pablo Neruda

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Uma semana de eventos no Memorial da América Latina em São Paulo

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Depois de muita tensão, os aplausos do público

 

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