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Por Redação

O que o Mundial de Clubes 2025 revelou sobre o futebol inglês

Por Redação

Foto: Unsplash

A vitória do Chelsea sobre o PSG por 3x0 na final do Mundial de Clubes 2025, disputada em East Rutherford, reacendeu os holofotes sobre o futebol inglês e sua capacidade global. Cole Palmer brilhou com dois gols e uma assistência, garantindo o Golden Ball do torneio. O resultado mostra que a Premier League ainda tem força — mas também acende questionamentos sobre os limites do calendário inglês e o papel do torneio de clubes no contexto global.

É justamente nesse cenário competitivo e estratégico que plataformas como as melhores casas de apostas do Brasil atraem a atenção de torcedores atentos. A presença de times da Premier League neste palco internacional, mesmo em meio ao verão nocaute do calendário, reforça o valor do futebol inglês para apostas e análises. O desempenho em solo americano dá pistas sobre a capacidade de adaptação e competitividade dos clubes da liga mais assistida do mundo.

Mais do que levantar a taça, os ingleses encontraram no torneio uma oportunidade de medir forças em contextos distintos e rever algumas prioridades esportivas. A seguir, exploramos os principais aprendizados deixados pelo Mundial.

Chelsea campeão: equilíbrio entre projeto e juventude

A trajetória do Chelsea no Mundial de Clubes 2025 foi marcada por consistência, evolução tática e brilho individual. Sob o comando de Enzo Maresca, o time londrino eliminou Palmeiras e Fluminense antes de aplicar 3x0 no poderoso Paris Saint-Germain na grande final. Cole Palmer foi o grande destaque da campanha, sendo decisivo nas fases finais e eleito o melhor jogador do torneio. O atacante inglês demonstrou que, mesmo com a saída precoce do City, há talento de sobra para manter o futebol inglês no topo.

Além de Palmer, o Chelsea contou com a chegada pontual de João Pedro, reforço vindo do Brighton, que marcou gols importantes nas semifinais e na decisão. A mescla entre jovens promissores e jogadores já consolidados fez do time uma engrenagem bem calibrada. O título foi mais do que uma conquista: foi a validação de um projeto de reconstrução que vem sendo executado desde 2023, com foco em desenvolver atletas e recuperar protagonismo europeu e agora mundial.

Esse sucesso reforça a ideia de que a Premier League, além de ser a mais rentável do planeta, também sabe formar equipes competitivas que conseguem vencer no mais alto nível global.

Manchester City eliminado: esgotamento e alerta estrutural

A grande surpresa negativa do torneio foi a eliminação precoce do Manchester City. O time de Pep Guardiola caiu nas oitavas de final diante do Al Hilal, em um confronto eletrizante que terminou 4x3 para os sauditas após prorrogação. Mesmo com elenco recheado de estrelas e a base que conquistou a Champions League, o City pareceu sentir o desgaste acumulado de temporadas intensas e o curto espaço de descanso entre as competições.

Embora ainda seja comandado por Guardiola, o clube inglês demonstrou sinais de saturação. A falta de intensidade defensiva, erros não característicos no meio-campo e a ausência de soluções criativas nos minutos decisivos expuseram fragilidades incomuns na equipe. Isso reacende uma discussão antiga: até que ponto o calendário inglês — um dos mais exigentes do mundo — está prejudicando o rendimento dos clubes em torneios internacionais?

O revés do City deve servir de alerta para a própria Premier League. Afinal, se nem mesmo um time com recursos quase ilimitados conseguiu sustentar seu nível contra adversários que vêm em ascensão, talvez seja hora de repensar a forma como os clubes se preparam para competições fora do eixo Europa.

As raízes das ligas e a busca pelo protagonismo

Para entender os caminhos distintos percorridos por MLS e Saudi Pro League, é importante olhar para o contexto histórico de cada uma. A Major League Soccer, por exemplo, nasceu em 1996 e teve um marco inicial ainda nos anos 1970, quando Pelé foi contratado pelo New York Cosmos na extinta NASL. Desde então, os Estados Unidos investiram periodicamente no crescimento do futebol, mas ainda enfrentam resistência cultural: o esporte continua atrás de modalidades como futebol americano, beisebol e basquete.

A FIFA tem ajudado a impulsionar o futebol no país, especialmente com a escolha da América do Norte como sede da Copa do Mundo de 2026 e do Mundial de Clubes de 2025. Apesar disso, o Inter Miami, clube de Lionel Messi, parou nas oitavas após ser goleado por 5x0 pelo PSG, atual campeão da Champions. Isso evidencia que, embora esteja em ascensão, a MLS ainda tem um caminho a percorrer para se equiparar aos principais centros mundiais.

Por outro lado, a Saudi Pro League segue outro caminho: massivo investimento financeiro. Desde a chegada de Cristiano Ronaldo ao Al Nassr, em 2023, o campeonato saudita passou a atrair jogadores renomados com altos salários e propostas irrecusáveis. O Al Hilal, por exemplo, que eliminou o Manchester City no torneio, conta com um elenco recheado de estrelas e infraestrutura moderna. A estratégia da Arábia Saudita tem sido clara: tornar-se um novo polo do futebol global em tempo recorde.

Uma nova leitura sobre hegemonia global

O Mundial de Clubes de 2025 escancarou uma nova realidade: a hegemonia europeia, embora ainda dominante, começa a ser desafiada por outros centros emergentes. A vitória do Chelsea manteve a Premier League no topo, mas a eliminação do City, aliada ao desempenho consistente de clubes como Al Hilal, mostrou que a margem de diferença está diminuindo.

Com investimentos estratégicos, torneios mais democráticos e um futebol cada vez mais globalizado, os clubes da Arábia Saudita e da América do Norte começam a incomodar. A Premier League, embora tecnicamente superior em muitos aspectos, precisa ficar atenta: o futuro do futebol não será decidido apenas por tradição, mas por quem souber combinar estrutura, talento e planejamento global.

O recado do Mundial para o futebol inglês

O Mundial de Clubes de 2025 deixa um aviso claro para os clubes da Premier League: não basta ser forte dentro da Inglaterra. A globalização do futebol exige novas estratégias, adaptação a diferentes calendários e respeito aos novos concorrentes. O Chelsea mostrou o caminho, enquanto o City tropeçou. Resta saber se os demais clubes da liga vão enxergar essa mudança como uma ameaça — ou como uma oportunidade para evoluir.

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