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Por Thomas

O estranho mundo das équidnas

Por Thomas

Por GB Edições

É chegado o grande momento, a fêmea de équidna dobra o corpo com esforço e põe o ovo, em si mesma. Quase uma esfera de uns 15 x 13 centímetros, a casca com a consistência de uma pele grossa, o ovo de équidna é recolhido numa bolsa que se forma durante a gravidez.

Durante duas semanas, o ovo será incubado nessa bolsa, o marsúpio, completamente submerso numa secreção viscosa e quente. Finalmente nasce o filhote, ainda imaturo, nu e cego.

Mas este seu mundo de trevas oferece segurança e alimento. Diferente de outros marsupiais, a bolsa da équidna não apresenta tetas, o leite sai em gotículas dos poros de uma área interna da bolsa. Durante as semanas em que passa aí dentro, até desenvolver-se, o filhote vai lambendo esse leite.

Ao final de uns dois meses, o filhote já está crescido, a pele completamente recoberta de acúleos (espinhos), que incomodam a mãe. Cuidadosamente, então, a équidna retira a cria com a ponta das unhas, e a esconde à sombra de alguma moita. Durante algum tempo ainda virá amamentá-lo, a intervalos regulares, que se vão espaçando até que o filhote tenha aprendido a viver sozinho. Entre os mamíferos, somente a équidna e o ornitorrinco põem ovos.

A équidna é um animal muito interessante; tem características de réptil, ave e mamífero ao mesmo tempo, verdadeiro fóssil vivo, remanescente de um tempo em que os mamíferos estavam se separando dos répteis. Mudou muito pouco, nos últimos 150 milhões de anos, por causa do isolamento do ambiente australiano.

Você sabia?

Com vigorosas unhadas, a équidna aos poucos vai abrindo uma brecha na rija estrutura do formigueiro ou do cupinzeiro. Finalmente, põe a descoberto as câmaras principais e enfia nelas a língua viscosa e fina, que volta a se recolher depois, recoberta de insetos.

Embora bem-dotada de unhas, a équidna cava sua toca bem rasa, entre raízes ou camadas macias de solo vegetal. Às vezes, nem toca ela tem: passa o dia dormindo à sombra do mato, de onde sai à noite para andar (e às vezes nadar), em busca de alimento.

Quando ameaçada, ela geralmente não foge, nem ataca: adota uma técnica de defesa passiva. Cava rapidamente um buraco raso e aí coloca as partes vulneráveis do seu corpo. Mas, se for acuado, o macho poderá usar os esporões venenosos de suas patas traseiras. Caso o atacante investir depressa, antes que ela possa cavar seu nicho de defesa, a équidna se enrodilha e vira uma bola espinhosa a qual o inimigo não pode atacar.

A espécie mais conhecida de équidna habita só a Austrália. Mas outros bichos aparentados com ela podem ser encontrados nas ilhas da Tasmânia e Nova Guiné.

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