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Por Thomas

O amor de um casal de joão-de-barro

Por Thomas

Por GB EDIÇÕES

Tinha chovido durante a noite toda, mas a manhã estava luminosa.
O ar lavado dos campos se enchia do cheiro da terra molhada. Enquanto as árvores ainda gotejam, Dorão e Lili parecem alvoroçados; cada um emitia longos trinados, que lembram uma aguda gargalhada.
Como todo bom joão-de-barro, eles sabem que o cheiro de lama é um sinal que põe em funcionamento todo um complicado mecanismo orgânico.
Dorão e Lili tratam de encontrar uma forquilha onde farão o seu ninho. Voam daqui, voam dali e acham o lugar ideal. O próximo passo é construir a casa que abrigará os filhotes.
Macho e fêmea pousam no barro, enrolam uma pelotinha cada um, mais ou menos do tamanho de um grão de feijão. Depois, com esse tijolinho rudimentar no bico, voam para a forquilha que escolheram para abrigar o ninho e vão depositando a pelotinha de barro no lugar certo e cada uma vai amassando a sua, um por vez. Bicam, bicam, bicam, depois descansam; voltam a bicar até que o barro esteja bem amassado. Então, voltam para buscar mais barro no solo.
E assim, Dorão e Lili trabalharam incansavelmente. Levou quase uma semana para completarem o ninho, de aproximadamente 25 centímetros de altura. Dentro dele, tem uma divisão que protege a câmara na qual Lili vai botar os ovos. Quem olhar de fora, não verá os ovinhos que a fêmea do joão-de-barro irá chocar.
Trabalho finalizado, Dorão e Lili se abraçam carinhosamente. Eles sabem que ainda terão muito o que fazer. Assim que os filhotes nascerem, cuidarão juntos dos pequeninos.

VOCÊ SABIA

O joão-de-barro é um pássaro admirado por sua vida familiar. Uma vez formado o casal, eles dividirão as tarefas e cuidados com a prole e permanecerão unidos durante toda a sua vida.
O pássaro põe ovos em janeiro e setembro, dois meses chuvosos. A chuva é importante para o joão-de-barro, pois sem ela é difícil achar barro; sem barro, não há como chocar os ovos. Se a chuva parar e a lama do solo secar, o joão-de-barro fica sem material para a construção. O jeito é completá-la com estrume de gado.
O joão-de-barro não receia a proximidade das habitações humanas, nem a de seus semelhantes. Às vezes, dois ou três casais fazem seus ninhos remontados.
Nas planícies de pastagem, onde podem escassear as árvores, ele constrói o ninho nos mourões de cerca, assim fica mais perto dos bichos dos quais extrai parasitas.
Na construção do ninho, cooperam macho e fêmea. Cada pelota de barro é repetidamente bicada, primeiro num alicerce circular, depois na construção das paredes, que se vai inclinando até fechar-se em cúpula. Mas o trabalho não acaba aí. Para que a abertura do ninho não deixe exposto todo o interior, há dentro uma meia parede divisória.

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