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Por Redação

Medicamentos para humanos e animais: por que não devem ser intercambiáveis

Conheça as principais diferenças entre as formulações e os perigos associados à automedicação

Por Redação

Foto: iStock/ Liudmila Chernetska

No dia a dia, é comum que tutores de animais de estimação se deparem com dúvidas sobre administração de medicamentos. Muitas vezes, surge a pergunta: os remédios humanos e veterinários são a mesma coisa? Para esclarecer essa questão, é essencial compreender as principais diferenças entre os dois tipos de medicamentos e os riscos associados à automedicação.

Os medicamentos veterinários são formulados especificamente para atender às necessidades dos animais, levando em conta suas particularidades fisiológicas e metabólicas. Cada espécie tem um organismo que funciona de maneira distinta, o que significa que a dosagem, a forma de administração e os efeitos colaterais podem variar bastante. 

Por exemplo, um remédio que é seguro e eficaz para humanos pode ser tóxico para cães ou gatos. Por outro lado, os medicamentos humanos são desenvolvidos para tratar doenças e condições específicas em pessoas. Eles são testados em questões humanas, seguindo protocolos rigorosos de segurança e eficácia. 

A composição química dos remédios é cuidadosamente ajustada para os organismos humanos, levando em consideração fatores como idade, peso e condições de saúde preexistentes. Um exemplo que ilustra bem essa diferença é o anti-inflamatório para cachorro

Embora esse tipo de medicamento possa ter uma ação semelhante aos anti-inflamatórios utilizados em humanos, sua fórmula é adaptada para o metabolismo canino. Portanto, é fundamental que o uso desse tipo de remédio em animais de estimação seja sempre orientado por um veterinário, que irá considerar a saúde geral do animal e eventualmente interações com outros medicamentos.

Além das diferenças nas composições e nos efeitos, a regulamentação também é um fator importante. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) é responsável pela aprovação de medicamentos para uso humano, enquanto a Agência de Defesa Agropecuária (ADAPAR) regula os medicamentos veterinários. 

Cada órgão estabelece critérios e normas específicas, refletindo a necessidade de garantir a segurança e a eficácia dos produtos disponíveis no mercado. Outro ponto a ser considerado é a dosagem. O que pode ser uma dose terapêutica para um humano pode ser excessiva ou insuficiente para um animal. 

Essa variação é especialmente relevante em casos de medicamentos que possuem um índice terapêutico estreito, em que a margem entre a dose eficaz e a dose tóxica é muito pequena. Administrar uma dose errada pode levar a consequências graves, que vão desde a ineficácia do tratamento até sérias complicações de saúde.

Portanto, a automedicação não é uma prática segura. Muitas pessoas acreditam que, ao dar um remédio humano ao seu animal de estimação, isso pode significar um tratamento eficaz. No entanto, essa prática pode ser arriscada e, em muitos casos, contraproducente. Consultar um veterinário é sempre a melhor opção, pois ele poderá fornecer um diagnóstico correto e indicar o tratamento mais adequado.

De maneira geral, a principal diferença entre remédios humanos e veterinários reside na sua formulação e na sua adequação a diferentes organismos. O uso consciente e responsável de medicamentos, com o suporte de profissionais de saúde animal, é essencial para garantir o bem-estar dos animais de estimação.

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