CRN celebra 30 anos de jornalismo com credibilidade e serviço à comunidade

Foto: Márcio Egidio / JI
Neste 14 de junho de 2025, a Rádio CRN – Central de Rádio e Notícias – completa 30 anos de atividades ininterruptas em Itatiba. Referência no jornalismo local e regional, a emissora nasceu do sonho do jornalista e radialista Manoel Roberto Massaretti, que relembra os primeiros passos, os desafios superados e as conquistas de uma trajetória marcada pela credibilidade e pelo compromisso com a informação de qualidade.
“A ligação com o rádio começou ainda na década de 1960”, recorda Massaretti. “Foi quando passei a integrar a equipe da antiga Rádio Progresso, do Grupo Pabreu, apresentando o Jornal do Meio-Dia ao lado de Amâncio Catalano”.
Mais tarde, ele participou da fundação da 98 FM em Itatiba e, em 1995, concretizou um antigo projeto pessoal ao adquirir a então Rádio das Nações. Dessa aquisição nasceu a CRN – oficialmente no ar a partir de 14 de junho daquele ano.
Desde o início, o objetivo era claro: “fazer jornalismo sério e comprometido com a comunidade”. A programação sempre valorizou as notícias, entrevistas, coberturas ao vivo e a cultura brasileira, com destaque especial para a música sertaneja.
Os primeiros anos exigiram esforços técnicos e logísticos significativos — desde a instalação de torres de transmissão até a busca por estúdios adequados. “A torre funcionava, inicialmente, em uma área da Pabreu, onde hoje está a USF”, conta. “Depois, foi transferida para a Rua Santo Antônio. Atualmente, a CRN opera com duas torres de 52 metros no Bairro da Ponte, ao longo da Estrada Municipal João Bernardo Filho”.
Ao longo dessas três décadas, profissionais marcantes ajudaram a construir essa história. Um dos principais nomes foi o saudoso Osmar Dalcin, primeiro gerente da emissora. “O Osmar teve papel fundamental em coberturas históricas: carnavais, bailes, jogos de futebol, apurações eleitorais e sessões da câmara municipal. Ele viveu a rádio com intensidade”, relembra Massaretti.
A programação, centrada no jornalismo desde a fundação, também se expandiu para a música e a cultura local, consolidando-se como um espaço plural de informação, opinião e reflexão.
Trinta anos depois, a CRN segue firme, atualizada e cada vez mais conectada com a comunidade. “Nosso compromisso com a informação e com Itatiba permanece inabalável. A CRN é, e sempre será a voz da nossa cidade”, conclui o fundador.
Tecnologia a serviço da comunicação
Atenta às transformações do meio, a Rádio CRN investe em tecnologia e inovação para se manter atual e próxima do público. “Hoje o rádio é multiplataforma”, afirma Manoel Roberto Massaretti Junior, sócio administrador da emissora. “É possível sintonizar a CRN pela faixa de AM, pelo site ou pelo aplicativo, com som digital”.
Segundo ele, mesmo com o avanço das tecnologias, o rádio AM continua tendo papel relevante, especialmente quando aliado às plataformas digitais. “A qualidade do áudio via internet é equivalente ao das grandes rádios FM”, explica.
Além da qualidade, o alcance digital é outro diferencial. “No dial, temos limitações por conta da potência. Já na internet, podemos ser ouvidos em qualquer lugar do mundo”. Atualmente, a rádio soma milhares de ouvintes conectados via site e mais de 5 mil downloads do aplicativo.
Conexão com o público
Nos próximos anos, a CRN pretende intensificar a interação com os ouvintes. “Queremos estar mais presentes no dia a dia do público, interagindo pelas redes sociais, o que também é importante para ações comerciais, principalmente em datas sazonais”, destaca Robertinho Massaretti.
Uma das iniciativas já colocadas em prática é o mural instagramável criado pelo artista itatibense Cleverton Gomes, instalado nos estúdios da rádio. O espaço tem atraído visitantes que aproveitam para registrar o momento e marcar a emissora no Instagram. “Nosso perfil está mais ativo e com boas perspectivas de crescimento, assim como nosso canal no YouTube”, afirma.
A programação também deve ganhar novidades. Entre os projetos em desenvolvimento estão um programa dedicado ao mundo pet, outro focado em versões acústicas de músicas — o “Acústico CRN” — e um novo podcast esportivo, que deve ser gravado no mesmo estúdio utilizado pelos programas Debate e Dose Dupla, transmitidos no canal oficial da rádio no YouTube.
A caminho do FM
O grande sonho da emissora, no entanto, é a migração definitiva para a faixa FM. O processo teve início em 2014, mas ainda enfrenta entraves burocráticos. “Estamos numa região com muitas rádios e pouco espaço no dial. Por isso, fomos autorizados a migrar para a faixa estendida, que só começou a ser testada após o fim da TV analógica”, explica.
A previsão é que a migração seja concluída até 2026. A frequência já está definida: 78,5 MHz. “Estamos batalhando para que a CRN comece a operar em FM já no ano que vem”, antecipa Robertinho.
Ao completar três décadas, a Rádio CRN reafirma seu compromisso com a informação de qualidade, a valorização da cultura local e a paixão pelo rádio. Um legado construído com trabalho, resiliência e um olhar sempre atento para o futuro.