Costa Pacifica: Salvador a próxima parada do cruzeiro marítimo
Na foto, Mercado Modelo com suas 263 lojas, um dos pontos turísticos mais visitados de Salvador
Fotos: Arquivo Pessoal
MAROMA - III
Continuamos nosso cruzeiro marítimo, deixando Maceió às 13h, agora navegando até Salvador pela noite toda, aproveitando para curtir tudo o que o navio oferece, com as atrações noturnas da “Noite Italiana” e da “Notte Bianca”. A programação musical da boca da noite, contou com o “Teenzone get together”, e para os notívagos, ainda sobrou o “White Disco”, discoteca a partir da meia-noite. Pra quem gosta de arriscar num “joguinho” - que não é o nosso caso - às 23h30 - Paradise Lotto, no Cassino da Ponte 5.
SALVADOR À VISTA
Às 7h, o “ship” estava atracando no porto das Candeias. O “Oggi a Bordo”, jornalzinho indicativo, determinava que a hora da partida seria às 13h, ou seja, também em Salvador não haveria muito tempo para visitas. As excursões organizadas pelo setor de turismo, ofereciam as opções para que os passageiros, principalmente os estrangeiros, que procediam de Barcelona, dessem esse giro para conhecer a “Cidade das 365 igrejas”.
A PRATICIDADE DO PORTO
O porto de Salvador, que fica na Baia de Todos os Santos, é o mais antigo do Brasil. O Terminal Marítimo tem uma enorme facilidade para os passageiros, pois o navio fica atracado praticamente junto às vias públicas, na região da chamada “Cidade Baixa”, e do Centro Histórico. Depois do lauto café da manhã saímos para o giro, já dando de cara com o Mercado Modelo, que iremos dar um “pit stop” na volta.
ELEVADOR LACERDA
Atravessando a avenida, nos dirigimos para tomar o Elevador Lacerda, que não estava funcionando, passando por reformas. O elevador liga a Praça Cairu, à Praça Tomé de Souza, com 72 metros de altura. Normalmente chega a transportar, 1 milhão de pessoas mensalmente, pagando-se somente 15 centavos, é mole? Foi inaugurado em 8 de dezembro de 1873, portanto há 151 anos, sendo considerado o primeiro do mundo no sistema urbano.
O BONDINHO
Sem o elevador, como fazer para subir? Perguntamos a um policial, que nos informou que deveríamos seguir por uns 500 metros para tomar o “Bondinho”, tendo que enfrentar uma baita duma fila, mas sem pagar nada. É o chamado “Plano Inclinado Gonçalves”, que tem dois “vagãozinhos” para transportar 36 passageiros. Enquanto um “vagão” sobe, o outro desce!
A PARTE ALTA
Chegando à parte alta, a primeira atração é a Catedral Basílica da Sé, mas pode-se visitar outras igrejas como a de São Francisco e Convento, e a de São Domingos de Gusmão, que fica aberta de segunda a sexta-feira, e, que para conhecê-las, inclusive as suas catacumbas, é preciso pagar R$ 5. Vale a pena!
CALOR E SEGURANÇA
Continuamos nossa caminhada aproveitando para tomar uma água de coco, pois o calor era de rachar. Aliás, barracas é que não faltam na região para vendas de artesanatos, camisetas, artigos de candomblés, sandálias e até “caipirinhas”. Essa é uma região que é recomendável visitá-la de dia, mesmo porque reparamos que tinha muitos policiais cuidando da segurança. Já à noite, é melhor esquecer. Por que será hein?
PELOURINHO OU “PELÔ”
Chegamos à Praça José de Alencar, conhecida como Largo do Pelourinho, ou Pelô, onde os negros eram castigados, e colocados em suplicio, no tempo da escravidão. Ali está a Fundação da Casa Jorge Amado, a Igreja de Nossa Senhora dos Pretos, e algumas instituições típicas da Bahia, como o Olodum e os Filhos de Ghandi.
Tem também um casarão histórico de dois andares, local que o cantor Michael Jackson gravou um clipe musical com o Olodum no ano de 1995. Ainda tem uma réplica de um boneco do cantor na parte alta, que muita gente sobe para tirar fotografias.
O MERCADO MODELO
Voltamos pelo “bondinho”, e fomos até o Mercado Modelo, com suas 263 lojas, que oferecem os mais diversos produtos baianos, como berimbaus, bonecas de pano, objetos religiosos, camisetas e lembranças da Bahia. O mercado tem um movimento de turistas fora de série, pois 80% dos que vão à Salvador dão uma esticada até lá, inclusive para apreciar a comida baiana, em um dos restaurantes. Na área externa sempre tem exibições de capoeira e de conjuntos musicais, que tocam os gêneros baianos.
HORA DE VOLTAR
Aproveitamos para adquirir algumas lembrancinhas e como o navio não espera e sai no horário, o melhor é seguir para o embarque, que não está tão longe. Almoço no “self service do “ship”, pra não perder o costume e preparativos para enfrentar dois dias e duas noites de céu e mar, com linha direta até o Rio de Janeiro.
Importante saber que atrações, brincadeiras, desafios, torneios, caminhadas, degustação de vinhos, espetáculos teatrais, piscinas, jacuzzis, jogatinas no cassino e comida farta, não vão faltar para entretenimento dos mais de três mil passageiros!
NOITE DE GALA?
Para falar a verdade, nas viagens de navios atuais, já não se tem tanto aquele charme da “Noite de Gala”, que os homens iam de paletó e gravata e as mulheres de vestido longo. Isso pode até acontecer lá pelas “oropas”, mas aqui com o nosso clima quente, o brasileiro quer mais é ficar à vontade, por isso ficando a maior parte do tempo de bermudas, como foi o nosso caso, por isso a “noite de gala” foi bem à vontade, mas muita gente aproveitou para dançar com os “oficiais do comando do Costa”.
Belíssimo altar da igreja de São Domingos Gusmão na Cidade Alta de Salvador
O “bondinho” que está substituindo o Elevador Lacerda no transporte de pessoas da Cidade Baixa para a Cidade Alta