Após demitir Mozart, Guarani busca novo técnico
Foto: Divulgação
Por Esportes Já/Campinas
Depois de levar uma goleada por 5 a 1 do São Bernardo em pleno Brinco de Ouro e perder da lanterna Ferroviária por 1 a 0, o Guarani entrou em desespero. No último sábado à noite, após a derrota com gol nos acréscimos em Araraquara, a diretoria demitiu o técnico Mozart Santos e agora busca uma alternativa urgente para evitar o pior na reta final da primeira fase do Campeonato Paulista.
Com apenas 10 pontos, a equipe de Campinas está pressionada e corre sério risco de rebaixamento à Série A2. São apenas mais duas rodadas pela frente com adversários em situações opostas na tabela de classificação. No próximo sábado, em Limeira, a equipe enfrenta a Inter, que tem a mesma pontuação do Guarani e vem de quatro derrotas seguidas. Já na última rodada, o desafio será contra o líder e invicto Palmeiras, no Brinco de Ouro.
O principal nome para substituir Mozart Santos é o de Lisca, que já estaria negociando seu retorno ao Brinco. O treinador teve passagem pelo Guarani em 2017, quando também carregou a missão de livrar o time do rebaixamento. Na ocasião, ele chegou ao Brinco faltando dez rodadas para o encerramento da Série B do Brasileiro e, com duas vitórias, quatro empates e quatro derrotas, alcançou o objetivo. Depois, não chegou a um acordo para a permanência na temporada seguinte, mas ganhou a simpatia do torcedor bugrino.
Na temporada de 2022, Lisca não teve um bom desempenho no Avaí, que acabou rebaixado para a Série B do Brasileiro. Na equipe catarinense, Lisca chegou para substituir Eduardo Barroca, que também estaria cotado para assumir o Guarani agora. Com Barroca no comando em seus últimos seis jogos na Série B do ano passado, o Bahia conquistou o seu retorno à Série A. Após o encerramento da temporada, o Tricolor Baiano preferiu não seguir com o treinador.
Jorginho é outro que estaria na mira da diretoria bugrina e, a exemplo de Barroca, terminou 2022 em alta, ao conduzir o Vasco de volta à elite do Brasileiro. Jorginho, aliás, é um desejo antigo do presidente Ricardo Moisés. O campineiro Bruno Pivetti, de 39 anos, que está na Chapecoense, também pode ser opção da diretoria.
A DEMISSÃO
“O Guarani agradece pelo trabalho realizado e deseja sorte e sucesso na sequência da carreira do Mozart e os demais membros da comissão técnica”. Esse foi o comunicado divulgado pelo Guarani em seu site oficial após a demissão do treinador. O auxiliar Denis Iwamura e o preparador físico Jackson Schwengber também deixaram o clube. Mozart se manifestou: “Agradeço a diretoria do Guarani, comissão técnica e todos os funcionários do clube pela oportunidade. Ano passado revertemos uma situação vista por muitos como quase impossível, quando assumimos a equipe na vice-lanterna da Série B e terminamos na décima posição. Infelizmente neste ano, após uma reformulação do elenco, os resultados não vieram na velocidade que todos esperavam e as mudanças, nessas ocasiões, fazem parte do futebol. Desejo sorte ao clube na sequência da temporada”.
Mozart foi contratado em junho do ano passado para o lugar de Marcelo Chamusca com a missão de recuperar o Guarani, que estava ameaçado pelo rebaixamento na Série B do Brasileiro. O treinador indicou algumas contratações, entre as quais a de Jamerson e de Yuri Tanque, e conseguiu mudar a situação do time, que terminou a competição em 10º lugar. O bom trabalho motivou a diretoria bugrina a manter o treinador para a disputa do Paulistão, mas nesta temporada a história foi diferente.
Depois da derrota para a Ferroviária, quando ainda sua demissão não havia sido anunciada, Mozart já dava sinais de que estava perdido no comando. “Não tenho muito o que explicar”, afirmou numa rápida entrevista coletiva em Araraquara. Mozart comandou o Guarani em 33 jogos, com 14 vitórias, seis empates e 13 derrotas, um aproveitamento de 48,4%.
