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Por Roberto

Alison dos Santos retoma preparação para temporada 2023

O campeão mundial e pan-americano dos 400 m com barreiras volta a treinar, em São Paulo, com o desafio de buscar o bicampeonato das duas principais competições do ano pré-olímpico

Por Roberto

Foto: Carol Coelho/CBAT

O campeão mundial Alison dos Santos, o Piu, retoma os treinamentos nesta segunda-feira (31/10) para a temporada pré-olímpica com foco no Mundial de Budapeste, na Hungria, de 19 a 27 de agosto de 2023, e no Pan-Americano de Santiago, no Chile, em outubro. Alison ficará em São Paulo até fevereiro quando seguirá para mais treinos nos Estados Unidos e depois para as competições, principalmente na Europa - fará, novamente, o circuito da Liga Diamante, que começa em maio, por Doha, Catar. 

Alison também vai entrar mais vezes em provas de 400 m rasos, mas como preparação para os 400 m com barreiras, que continua sendo o seu foco principal. 

“Vai ser um ano muito importante por ter o Pan (foi ouro em Lima-2019) e o Mundial – nos dois eu posso me consagrar bicampeão e a meta é essa. É chegar lá e cumprir e trazer mais uma conquista para a minha equipe e o Brasil, de ser bicampeão pan-americano e mundial. O foco é a Olimpíada de Paris-2024, mas é pensar em cada temporada”, disse Alison, de 22 anos (nasceu em 3/6/2000), atleta do Pinheiros, 2,00 m e 79 kg, paulista de São Joaquim da Barra, onde começou no Instituto Edson Luciano Ribeiro.

Alison fez um 2022 excepcional. Terminou invicto na sua especialidade, conquistou a medalha de ouro no Campeonato Mundial de Eugene, no Oregon, Estados Unidos, em julho, com o recorde da competição e o sul-americano da prova, em 46.29. Ainda garantiu o troféu de campeão da Liga Diamante, em Zurique, Suíça, em setembro. Medalha de bronze na Olimpíada de Tóquio-2021, sua marca em Eugene é a terceira melhor da história no Ranking Mundial da World Athletics. Correu três vezes abaixo dos 47 segundos em 2022 e fecha o ano como líder do Ranking Mundial dos 400 m com barreiras.

Foi marcante a competividade na prova dos 400 m com barreiras no cenário mundial, com adversários fortíssimos como o americano Rai Benjamin e o norueguês Karsten Warholm e outros jovens talentos. "Não foi bom que esses rivais se lesionaram em momentos chaves da temporada. E também teve surpresas como bons atletas americanos e da Europa. Quando a gente se deparou com o recorde do campeonato mundial (47.50) e olhando para o recorde mundial (45.94) é que vimos a magnitude dos 400 m com barreiras. O Alison correu cinco vezes abaixo de 47.50, entre os top all time, mas o nível dessa prova subiu muito", comentou o treinador Felipe de Siqueira.

O desenho para 2023 é praticamente o mesmo de 2022, mas com algumas adequações, dando sequência a um processo. Como nos últimos anos, os treinos começam no Brasil, até por causa do bom clima do verão. Mas depois, pela estrutura e competitividade, Alison e o treinador saem. Alison teve férias após a conquista do troféu da Liga Diamante, em setembro, e a preparação para a próxima temporada começa um pouco depois do usual para que possa competir bem também no Pan, que será em outubro de 2023. 

Alison também vai entrar mais vezes em mais provas de 400 metros rasos este ano como preparação para os 400 m com barreiras, que continua sendo o seu foco principal. 

"A gente percebeu que teria de fazer algumas mudanças na corrida para ter um aproveitamento melhor do Alison dentro da prova. Usamos 2022 como um laboratório, entre aspas, pensando já em Paris. Se algo fugisse do que a gente esperava teríamos chance de mexer para o Mundial de Budapeste, em 2023", disse Felipe de Siqueira.

Explicou que as mudanças foram feitas a partir de avaliação conjunta com o biomecânico Franklin de Camargo Júnior, do Comitê Olímpico do Brasil (COB), e a partir de um modelo proposto para o Alison que fez com que corresse mais rápido.

Felipe acha até que não é uma ousadia Alison pensar no recorde mundial nos 400 m com barreiras. "É um crescimento constante, um desafio a cada treino, a cada repetição. Não dá para não pensar em recorde mundial quando se está a 35 centésimos de segundo dele e quando se vê margem grande de melhora, no aspecto emocional, psicológico, no amadurecimento como pessoa e atleta. O quando vai sair a gente não sabe. E nem quem vai quebrar. Tem o Karsten, atual detentor, o Benjamin, dono da segunda melhor marca de todos os tempos, e o Alison também."

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