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Foto: Arquivo Pessoal

Aos poucos, o dia-a-dia da pivô itatibense Aline Moura começa a voltar ao normal. De acordo com a atleta, os últimos dias têm sido de muita correria, mas, que está muito feliz por ter participado da campanha da Seleção Brasileira, campeã invicta na AmeriCup Feminina de Basquete.

A equipe treinada por José Neto foi campeã do torneio no último dia 9, ao bater os Estados Unidos por 69 a 58, na cidade mexicana de León. A equipe brasileira não disputava uma final da competição há 12 anos. A última vez havia sido em 2011, quando venceu a Argentina. O país vinha de dois bronzes seguidos na competição.

Com o resultado, o Brasil dispara como maior vencedor da Americup Feminina, com seis títulos (1997, 2001, 2003, 2009, 2011 e 2023), deixando os EUA com quatro - incluindo as duas últimas edições, em 2019 e 2021. A equipe brasileira terminou a competição de forma invicta, com sete vitórias - duas delas sobre as americanas, sendo a primeira ainda na fase de classificação.

Além disso, o Brasil obteve a única vaga direta disponível das Américas para o Pré-Olímpico Mundial - a outra é da equipe dos EUA, como vencedora da Copa do Mundo. E também está garantido nos Jogos Pan-Americanos Santiago 2023, defendendo o título conquistado em Lima 2019.

Em meio aos seus compromissos, a atleta itatibense conseguiu um tempinho para conversar com exclusividade com a reportagem esportiva do JORNAL DE ITATIBA, para falar sobre a conquista inédita em sua carreira, sobre sua participação na Seleção Brasileira e sobre seus projetos daqui para frente defendendo a equipe do SESI/Araraquara nas semifinais da Liga de Basquete Feminino (LBF) 2023.

Confira o bate-papo com a itatibense de 26 anos e 1,85m de altura:

JI: Já caiu a ficha com relação ao tamanho da sua conquista junto com a Seleção Brasileira?

ALINE: Caiu sim, as vezes parece um sonho, mas saber que vivi e senti todo aquele momento é indescritível.

JI: O último título brasileiro de relevância foi essa mesma Copa América, em 2011. De alguma forma esses doze anos sem títulos causou algum tipo de “pressão” em vocês atletas, comissão técnica ou nos vestiários? Ou também os dirigentes, pressionaram vocês de alguma forma?

ALINE: Pressão não, entramos concentradas e querendo muito ganhar a cada jogo. Focada dia a dia, em pequenos passos, mas, confiantes no processo e no nosso potencial.

JI: O título veio de forma invicta, com sete vitórias e duas contra as norte-americanas. Creio que nem nos melhores sonhos vocês esperavam isso não é?

ALINE: Difícil dizer o que imaginávamos, a gente sabia o que queria no final, mas que o processo seria difícil, então ficamos concentradas no objetivos e os resultados positivos vieram.

JI: Além dessa conquista inesquecível, o Brasil também garantiu a vaga direta para o Pré-Olímpico Mundial evitando o Pré-Olímpico das Américas. É isso? Você espera estar relacionada também para esta competição?

ALINE: Sim, é isto! Espero poder participar e contribuir mais uma vez, sei que pra isso tenho que continuar trabalhando pra evoluir, mas claro, que é o objetivo de todo atleta.

JI: O Pré-Olímpico Mundial é a última etapa antes dos Jogos Olímpicos de Paris. Como anda as expectativas sua e das demais atletas?

ALINE: Nós queremos a vaga para as Olimpíadas, nosso foco é olímpico, mas, sabemos que o processo é importante e que não será nada fácil. Temos que trabalhar cada uma em seu clube para poder nos apresentar da melhor maneira possível.

JI: Agora você volta para sua equipe, o SESI/Araraquara. Como está sendo o ano e como será esse segundo semestre para sua equipe com relação a competições?

ALINE: Agora no SESI classificamos para as semifinais da LBF (Liga de Basquete Feminino), estamos confiante e buscando o título.

JI: Finalizando, se depender do seu talento, esforço e muito trabalho, você acredita que estará no Pré-Olímpico defendendo novamente o Brasil?

ALINE: Eu acredito que sim, estou trabalhando para estar na minha melhor forma física dia-a-dia.