A aventura de um canguru muito esperto
Por GB Edições
Naquele dia os cangurus tinham descoberto uma ótima pastagem. Depois de terem comido bastante, estavam espalhados pelo campo. Tina também descansava em meio à relva, o seu filhote, Tufi, aproveitou-se do repouso da mãe e saltou fora da bolsa.
Curioso como ele só, aproximou-se devagar de dois grandes cangurus que lutavam boxe, como dois pugilistas. De repente, a luta foi interrompida e outro canguru gritou:
- Corram, fujam. Os cães vêm aí!
Quando ouviu o grito, Tina pôs-se de pé, agarrou Tufi pelas costas e o enfiou na bolsa, fugindo juntamente com os outros cangurus.
Logo surgiram os cães selvagens, os piores inimigos dos cangurus. Quando Tina os sentiu em seus calcanhares, procurou correr mais velozmente, mas não conseguiu por causa do peso de Tufi em sua bolsa. A mamãe canguru compreendeu que não poderia aguentar mais tempo correndo e então pensou em salvar, pelo menos, o seu filhote.
- Tufi, você não deve ter medo. Vou deixar você num lugar seguro, onde os cães não poderão descobri-lo e depois voltarei para te buscar.
Dizendo isso, tirou Tufi de sua bolsa e o deixou cair numa moita bem fechada.
Os cães não notaram o que Tina fizera e continuaram a persegui-la, desaparecendo juntamente com ela no campo.
Já tinha passado muito tempo, era quase noite e Tufi estava com medo e começou a tremer de frio. De repente, sentiu um cheiro familiar. Não teve dúvidas, era sua mãe que tinha voltado para buscá-lo. O pequeno canguru deu um pulo e caiu dentro da bolsa de Tina. Estava aquecido e seguro novamente. Estava orgulhoso de sua mãe que tinha conseguido distanciar-se dos cães e feito com que desistissem de pegá-la.
Agora Tufi poderia adormecer em paz.
VOCÊ SABIA!
Os primeiros exploradores da Austrália quando descobriram esses animais perguntaram aos indígenas nativos como se chamavam eles.
Não compreendendo a pergunta, os nativos da Austrália responderam: “Kan gu ru”, que na língua deles quer dizer “Não compreendemos”. Os exploradores, por sua vez, pensaram que esse era o nome dos animais e passaram a chamá-los “cangurus”.
O canguru é um grande saltador. Seus pulos alcançam até nove metros de extensão. Numa corrida, os cangurus podem fazer até cinquenta quilômetros por hora, mas não têm resistência.
Suas patas são muito fortes. As dianteiras servem aos cangurus para prender as patas dos animais inimigos. Mas as patas traseiras são as suas armas mais poderosas: com um só coice podem matar um cão bastante grande.
A cauda do canguru é muito longa e nela o animal se apoia para saltar.
Os cangurus vivem na Austrália, em bandos mais ou menos numerosos, conforme a sua espécie.
Durante o dia, repousam deitados ao sol. Um canguru mais velho monta guarda, como chefe do bando. Quando sente algum perigo, dá um golpe de cauda no chão. Então, os cangurus se põem em pé e correm enquanto tiverem fôlego.
À tarde, espalham-se pelos campos e pastam. Alimentam-se de ervas, folhas e rebentos tenros e doces que arrancam das árvores com as patas dianteiras.
Quando nasce, o canguru não passa de um ratinho, com menos de três centímetros. Imediatamente ele se refugia na bolsa da mamãe, onde encontra o leite, o calor e a proteção de que precisa.
Aos três meses de idade, o canguru começa a sair da bolsa materna para comer erva, mas logo volta para dentro. É muito engraçado ver o filhote com a cabeça para fora da bolsa da mãe enquanto ela procura comida.
Quando completa cinco ou seis meses, deixa a bolsa, mas não se afasta dela por muitos meses. Quando se torna adulto é incorporado ao bando. O canguru pode viver no máximo treze anos.