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Por Thomas

Uma lição de amor e liberdade

Por Thomas

Por GB Edições

Chegara o final do inverno. Os gansos selvagens deixaram a terra e voaram sobre o mar. Numa tarde agradável e quente, quando sobrevoavam o campo, o bando de gansos foi visto por um caçador implacável. No céu sereno ouviu-se um tiro de espingarda e Astréia, a mais jovem do bando, foi ferida numa das asas.
Astréia continuou voando, mas foi sentindo-se cada vez mais sem forças e acabou caindo. Quando o dia amanheceu, ela foi encontrada por uma menina guardadora de aves. A garota recolheu Astréia e levou-a para casa. Todos os dias a guardadora de aves fazia curativos na asa da jovem gansa.
Pouco a pouco, Astréia ficou boa, mas não conseguia mais voar, pois tinha perdido a longa pena da asa. Passou, então, a viver com os gansos domésticos. Todos os dias, ela ia com eles para o campo, ciscava ao longo do riacho e nas moitas, obediente à guardadora das aves, ajudava a tomar conta do bando.
Astréia gostava muito da menina, não perdia de vista nenhum de seus passos e se aproximava dela, fingindo bicar alguma coisa no chão, até que a garota a pegava no colo e lhe fazia agrados, então fechava os olhos e sentia-se a mais feliz dos gansos.
O tempo foi passando. As penas cresceram nas asas de Astréia, mais belas e muito mais fortes do que antes. Então, a ave começou a sentir uma estranha inquietação, um desejo enorme de andar e voar. Saltitava em torno de seus companheiros, como se quisesse comunicar-lhes as suas inquietações, mas eles eram gansos domésticos e, nada entendendo, continuavam a ciscar tranquilamente.
Numa tarde quente apareceu no céu um bando de gansos selvagens, que emigravam para as terras do sol. Astréia olhou a pequena guardiã, teve um momento de hesitação, depois abriu as asas, elevou-se no céu e logo se juntou ao bando, que em breve desapareceu no horizonte.
A menina agitou os braços, em sinal de despedida:
- Astréia - gritou ela - volte logo!
No entanto, Astréia nunca mais voltou. Realmente, para ela, nada valia mais do que a vida livre para a qual tinha sido criada.

VOCÊ SABIA?

O ganso selvagem pesa até dez quilos e pode até ter um metro de comprimento. Seu bico é muito forte e tem dos lados dois furos, que são as suas narinas.
O corpo do ganso é revestido de delicada penugem. As asas são bastante desenvolvidas e munidas de penas resistentes. Todos os anos, no início do verão, as penas caem, para renascerem antes do outono. Por todo esse tempo, o ganso não pode voar. As patas dos gansos têm três dedos interligados por uma membrana que ajuda o ganso a nadar. Na água, o ganso é agilíssimo: avança, mergulha com facilidade e pode ficar dentro d’água por vários minutos.
O ganso selvagem vive nos charcos, nos vales úmidos do centro e do norte da Europa. Às vezes, visita os terrenos secos. Em fins de outubro, os gansos se reúnem em grandes bandos e voam para as praias do Mediterrâneo, África do Norte e Ásia Meridional. O ganso doméstico, ao contrário, vive o ano inteiro no terreiro e nos quintais das casas.
Quando os gansos selvagens voltam dos países quentes, papai e mamãe gansos procuram um lugar tranquilo, bem escondido na vegetação do charco ou de um lago, e ali fazem um buraco que será o ninho.
Quando o ninho está pronto, mamãe ganso faz um revestimento bem fofo com suas próprias penas e ali bota os ovos. Depois que quase um mês, nascem os gansinhos. Logo que nascem, a mamãe ganso os leva para o lago e lhes ensina a nadar e a procurar alimentos.
Alguns meses mais tarde já estão prontos para acompanhar o bando. Quando chega o inverno o bando voa para terras quentes porque se permanecerem onde estão, ali cairá neve e eles morrerão de fome.

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