Senai completa 40 anos de qualificação profissional em Itatiba e região
O diretor ressaltou que, ao longo desses anos, a escola já emitiu 114.607 certificações em diversos cursos
Da Redação
Ontem, 30, o Senai Luiz Scavone completou 40 anos de serviços prestados a Itatiba e região. Para falar sobre o assunto, a reportagem do JI conversou com o atual diretor, Fábio Carrion.
Ele explicou que o Centro de Treinamento iniciou suas atividades em julho de 1979 e foi inaugurado em 30 de outubro do mesmo ano, atendendo o setor têxtil com programas para urdideira, espuladeira, remetina e tecelagem de tear mecânico e automático. “Por decisão do Conselho Regional, em reunião de 31 de maio de 1982, o CT foi extinto e tornou-se uma escola Senai, passando a funcionar em 1° de agosto de 1982, com cursos de Aprendizagem Industrial nas ocupações de Mecânica Geral, Eletricidade e Marcenaria”, explicou o diretor.
Carrion completou dizendo que, em 30 de junho de 1992, a instituição recebeu patrono e nova denominação: Escola Senai “Luiz Scavone”, em homenagem ao imigrante italiano que, ainda jovem, no ano de 1893, fixou-se no município e veio a ser um dos pioneiros na industrialização local.
Mais de 110 mil certificados
Ainda, segundo o diretor, ao longo desses 40 anos, o Senai Luiz Scavone já emitiu 114.607 certificações em diversos cursos. Para tal feito, Carrion destacou o apoio das empresas, da comunidade, de diversos parceiros e da Associação Industrial e Comercial de Itatiba (Aicita), através de seu presidente Hélcio Monte. “Por fim, ressalto o legado deixado pelo professor AmélioVieira Neto, que exerceu várias funções nesta escola e todas com galhardia, perseverança e dedicação, bem como o do professor Vilson Polli, meu antecessor, que seguiu na mesma linha e com avanços importantes”.
Avanços
O diretor do Senai também comentou os avanços desde o começo deste século. Ele informou que, no ano de 2001, foram iniciadas as reformas do prédio e adequação do espaço para receber novos investimentos do setor da marcenaria, com instalação dos laboratórios físico da madeira e de afiação de ferramentas, das oficinas de tapeçaria, acabamento de móveis e de aprendizagem. “A necessidade de melhoria do perfil das empresas, em função das oportunidades de exportação de móveis e a necessidade de formação de um profissional de nível técnico, culminou na criação do Curso Técnico em Design de Móveis”, explicou o diretor.
Em 2006, foi iniciado o Curso Técnico em Química na forma de Projeto Especial, em parceria com a Escola Senai Mário Amato, para atendimento a duas turmas da empresa Beiersdorf Nívea, com um total de 30 alunos; em 2007, uma turma na empresa Química Amparo, com 32 alunos.
Já no ano de 2009, o Curso Técnico em Eletroeletrônica contou com a primeira turma de oferta regular, com 32 alunos. No primeiro semestre de 2011, teve início uma turma do Curso Técnico em Eletroeletrônica em sistema de ensino articulado com o Sesi. Em 2013, em parceria com o Senai de Jundiaí, foi formada uma nova turma do Curso Técnico de Plásticos.
O Patrono
A partir de 30 de junho de 1992, por decisão do Conselho Regional do Senai-SP, a unidade recebeu o nome de Luiz Scavone, em homenagem ao imigrante italiano que, ainda jovem, no ano de 1893, fixou-se no município e veio a ser um dos pioneiros na industrialização local. Abriu um armazém na atual Rua Rui Barbosa e, além de trabalhar com diversas mercadorias, transformou o local em uma casa exportadora de café. Em 1893, em sociedade com Salvador Oddone, fundou a empresa Oddone, Scavone & Cia Ltda., proprietária da antiga Fábrica de Fósforos Santa Rosa, a primeira indústria de grande porte de Itatiba. A partir de então, Luiz Scavone transformou-se em um dos mais bem sucedidos industriais de Itatiba.
Em 1915, a S.A. Fabril Scavone sucedeu a empresa e até 1928 dedicou-se à indústria de fósforos, quando foi vendida à Cia. Brasileira de Fósforos. Posteriormente, estimulado pelo filho Paschoal Scavone, a família instalou o Lanifício Luiz Scavone, para a produção de fios de lã cardada. Em 1947, entraram em operação as primeiras máquinas para a produção de mantas e cobertores. E, por tudo que representou para Itatiba, recebeu dos industriais da época a indicação para ser o patrono da Escola Senai de Itatiba.
